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POLÍCIA

Policial envolvido em tiroteio num bar em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, é promovido

Major e um policial penal se envolveram em um tiroteio em um bar da Zona Sul, resultando em três mortos e quatro feridos

Crime aconteceu em setembro do ano passado, em Boa ViagemCrime aconteceu em setembro do ano passado, em Boa Viagem - Foto: Reprodução

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O major José Dinamérico Barbosa da Silva Filho, que em setembro de 2020 se envolveu em um tiroteio com um policial penal num bar em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, foi promovido a tenente coronel. O crime resultou em três pessoas mortas e quatro feridas. Além da promoção, José Dinamérico também foi desligado do serviço ativo da PM por "incapacidade definitiva". Durante o tiroteio, o policial militar e o policial penal Ricardo de Queiroz Costa, que também responde à Justiça, ficaram feridos. 

As portarias foram assinadas na quinta (19) pelo comandante-geral da PM, coronel José Roberto de Santana, e a nomeação, publicada no Diário Oficial do último sábado (21). Em novembro de 2020, José Dinamérico foi afastado da PM por 120 dias. Ele e o policial penal envolvido foram presos. O processo segue na 1ª Vara do Tribunal do Júri Capital.


A portaria nº 445, que trata da promoção, afirma que a Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) precisa acolher o processo de inatividade e o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) precisa homologar a transferência à reserva. 

Família inconformada
A notícia da promoção e aposentadoria do PM foi recebida com revolta pela família de Cláudio Bandeira de Melo, 57, uma das vítimas. "Foi realmente um assassinato, um homicídio de três pessoas inocentes que nem conheciam os agressores. Eles feriram mais dois, inclusive um dos sobreviventes está aí, Eduardo, batalhando por essa justiça e um é policial militar, major da PM e o outro agente penitenciário e o major simplesmente recebeu, não só aumentou o posto como foi aposentado. É revoltante", disse Liliane Bandeira de Melo, irmã de Cláudio.

A reportagem da Folha entrou em contato com a Secretaria de Defesa Social para questionar o motivo da promoção e da declaração de “incapacidade definitiva”, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.”

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