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Perspectiva

Perspectiva: veja projeções para saúde e mobilidade

Folha de Pernambuco completa a abordagem de perspectivas para Estado e Recife em áreas importantes

Mobilidade é tema importante para 2025 Mobilidade é tema importante para 2025  - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Após abordar as perspectivas de 2025 para a segurança e a educação no fim de semana, a Folha de Pernambuco destaca, hoje, os projetos nos setores de saúde e mobilidade em Pernambuco e no Recife.

Com participação dos responsáveis por cada secretaria das gestões estadual e municipal, além de especialistas, foram levantados temas como a projeção de investimentos na construção de novas unidades de saúde, obras em rodovias e a sinalização semafórica na capital pernambucana.

SAÚDE 
Os investimentos destinados à Saúde em Pernambuco devem chegar aos R$ 174 milhões. A quantia deve ser utilizada na compra de 59 mil itens, incluindo imobiliário e material médico-hospitalar para atender toda a rede. Ao Programa PE Cuida devem ser destinados mais de R$ 90 milhões, voltados para realização de mais de 30 mil cirurgias eletivas em todo o Estado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2025 também será um ano marcado por entregas importantes, como o Hospital da Mulher do Agreste, em Caruaru; a 2ª etapa da UPAE-R, em Areias, Zona Oeste do Recife, com atendimento especializado em reabilitação; um novo Serviço de Pronto Atendimento do Hemope; e o novo Ambulatório de Tuberculose do Hospital Correia Picanço. Serão abertos os processos licitatórios das maternidades de Garanhuns, Igarassu, Serra Talhada e Ouricuri.

“Em relação às seis grandes emergências do Estado - Hospitais da Restauração, Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, Otávio de Freitas, Getúlio Vargas e Regional do Agreste - serão iniciadas as obras de manutenção, preventivas e corretivas, no valor de 72,7 milhões. O Estado ainda renovará 115 veículos e ampliará a frota com mais 30 caminhões. Estão previstos R$ 5 milhões para o início das obras de recuperação da caixa d'água do Hospital Otávio de Freitas (HOF) e a reforma do almoxarifado da Central Estadual da Rede de Frios de Pernambuco, do Programa Nacional de Imunização", destacou a pasta.

Recife
A secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque, define 2024 como um ano de “generosa semeadura”.

“A colheita acontecerá em 2025, com o Hospital da Criança do Recife, a Unidade de Saúde da Família Mais (USF Mais) Comunidade do Bem, na Imbiribeira, a entrega de mais obras de requalificação da rede de saúde, como policlínicas e unidades da Atenção Básica, de novos Centros TEA, do Novo Laboratório Municipal (Lab Saúde), da Central de Diagnóstico por Imagem, do programa Ultrassonografia Itinerante; além da continuidade do projeto de expansão da Saúde da Família, com o objetivo de chegar a 100%. O SUS municipal avançou muito nos últimos anos e, pelos projetos em curso, terá pela frente um ano de inovação, mais acesso e qualidade na prestação de serviço à população”, garante ela.

Análise
Para o médico sanitarista e professor do Centro de Ciências Médicas da UFPE, Tiago Feitosa de Oliveira, pode-se apontar três pontos de atenção na Saúde de Pernambuco. São eles: doenças evitáveis, transmissíveis e arboviroses, que geram altas demandas aos hospitais; acidentes com motos, principalmente por aplicativo; doenças crônicas, que têm aumentado por conta do envelhecimento da população e a baixa assistência do controle delas na atenção primária.

Tiago aponta ainda que a gestão recifense também deve investir em estratégias de diminuição da carga de doença. Ele também destaca a importância de investimento nas emergências psiquiátricas.

“A Tamarineira continua com sobrecarga, sendo a única emergência [psiquiátrica] do Estado, e a gente vê uma baixa estruturação, dificuldade grande da rede de Centros de Atenção Psicossocial. A gente vive uma situação preocupante de atendimento a esse contingente, que é elevado. O transtorno mental tem aumentado a frequência, desde os leves até os transtornos de níveis mais altos”, acrescentou.

MOBILIDADE

Com a chegada de 2025 e as discussões sobre mobilidade e as condições das estradas de Pernambuco, também vêm os questionamentos sobre o que deve ser feito nos próximos dias para aprimorar a fluidez no trânsito no Estado.

O secretário de Mobilidade e Infraestrutura estadual, Diogo Bezerra, assegura que o ano será marcado por grandes entregas. Serão 71 obras e quase 1.600 km recuperados, totalizando um investimento de R$ 3,6 milhões.

“Além da continuidade do programa ‘PE na Estrada’, que tem recuperado importantes trechos, destinaremos recursos significativos para obras estruturantes, como a construção do Arco Metropolitano. Este projeto é fundamental para desafogar o trânsito na Região Metropolitana, melhorar o escoamento da produção e promover a integração entre os municípios. Nosso objetivo é entregar uma infraestrutura viária moderna e capaz de atender às demandas do desenvolvimento econômico e da mobilidade dos pernambucanos”, afirma.

Capital 
No Recife, a sinalização semafórica receberá atenção. Em nota, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano da cidade (CTTU) ressaltou os investimentos que fez no ano passado, como o projeto da Rua para Crianças, na Rua Silva Jardim, no bairro do Jordão, mudança viária na avenida Dantas Barreto e no Cais de Santa Rita, além da inauguração da Ponte Jaime de Gusmão e a entrega do Pontillhão da Rua Amélia. A capital tem hoje 196,5 quilômetros de malha cicloviária.

“Para 2025, a meta é ampliar as ações com o objetivo de promover cada vez mais segurança viária à população e reduzir as mortes no trânsito. O apoio da população, em especial os condutores de veículos motorizados, é fundamental para que possamos ter um trânsito mais seguro”, pontuou a CTTU.

Ônibus no Grande Recife Mobilidade na Região Metropolitana do Recife segue como desafio. Foto: Alexandre Aroeira/Arquivo Folha de Pernambuco

Análise
Para Francisco Cunha, urbanista e sócio da TGI Consultoria, a boa mobilidade se assenta num tripé composto por infraestrutura (vias, sinalização, etc.), educação e fiscalização. Cunha considera ainda que as iniciativas tanto do governo estadual quanto municipal, em termos de infraestrutura, são importantes e necessárias, mas não suficientes.

“Tanto o Recife quanto a Região Metropolitana (que está sob a responsabilidade do Governo do Estado) carecem de um plano efetivo, físico no nível do desenho urbano, de mobilidade que privilegie o transporte público coletivo de qualidade sem o qual o destino da rede de mobilidade metropolitana, como Recife, no centro, está fadada à imobilidade pela inclusão desordenada de veículos individuais motorizados (carros e motos). Isso porque não pode um sistema finito de vias ser preenchido por um crescimento infinito de veículos individuais”, diz ele.

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