Peru enfrenta repique de infecções e mortes por covid-19
Devido a esses aumentos, o Peru passou a exigir na sexta-feira os certificados da vacina anticovid-19 de pessoas que ingressam em comércios, bancos, órgãos públicos e aeroportos
O governo peruano alertou nesta segunda-feira (13) que o país enfrenta um repique da pandemia da Covid-19, depois que o número de infecções e mortes dobrou no último mês.
"Temos um repique de covid-19", disse o ministro da Saúde, Hernando Cevallos.
O número diário de infecções subiu para 1.565, em média, na semana passada, após ter ficado em torno de 800 entre setembro e a primeira semana de novembro, de acordo com balanços oficiais. Além disso, as mortes aumentaram, em média, de 28 por dia no mês passado para 56.
Devido a esses aumentos, o Peru passou a exigir na sexta-feira os certificados da vacina anticovid-19 de pessoas que ingressam em comércios, bancos, órgãos públicos e aeroportos.
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No entanto, parlamentares da bancada do governista Peru Livre (esquerda) criticaram a medida e apresentaram um projeto de lei para eliminar a obrigatoriedade, estabelecido por decreto em meados de novembro.
“Os parlamentares que estão promovendo um projeto contra a apresentação da carteira de vacinação para ingresso em espaços fechados devem saber que essa medida está amparada em evidências científicas e na experiência de outros países”, disse Cevallos, citado na conta do Twitter do Ministério da Saúde.
O ministro alertou ainda que um suposto certificado de "isenção" da vacina, promovido por ativistas anti-vacina, é "inválido".
“Ratificamos: qualquer certificado de isenção por não estar vacinado que permita entrar em instalações fechadas é inválido. Só o cartão de vacinação é válido”, disse Cevallos.
O certificado é para aqueles que já receberam as duas doses da vacina. Até o momento, 20 milhões de pessoas já o fizeram, 72% da população-alvo, segundo o ministério. O país usa vacinas das farmacêuticas Sinopharm e Pfizer.
O Peru acumula mais de dois milhões de casos e mais de 201.000 mortes. O país, de 33 milhões de habitantes, tem a maior taxa de mortalidade pela pandemia do mundo: 6.119,5 por milhão de habitantes, de acordo com um balanço da AFP, com base em números oficiais.
Devido ao repique, o governo proibiu reuniões familiares e festas no Natal e no Ano Novo.
O país sul-americano ultrapassou as 100 mortes por covid-19 na sexta-feira pela primeira vez em quatro meses, registrando 123 óbitos.