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Pandemia

Peru notifica primeiro caso de infecção pela variante britânica do coronavírus

Segundo autoridades, cepa B117 tem transmissão mais fácil e infecta mais as pessoas

Rastreio de passageiros oriundos do Reino Unido com desembarque no PeruRastreio de passageiros oriundos do Reino Unido com desembarque no Peru - Foto: Karel Navarro/Peruvian Ministry of Health/AFP

O Peru noticiou, nesta sexta-feira (8), o primeiro caso da nova cepa britânica do coronavírus (B117) em seu território. O caso confirmado corresponde "a uma cidadã peruana, residente no Peru, que esteve em uma reunião de família nos dias que antecederam o Natal", disse a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, em coletiva de imprensa convocada com urgência. 

Não se descarta, portanto, que haja mais infectados com a mesma variante. "Todos os presentes (na reunião) são examinados e estamos encontrando alguns casos positivos", acrescentou, sem especificar as nacionalidades ou o número de pessoas afetadas. O caso teria ocorrido em Lima, segundo a agência estatal Andina.

"Esta é a variante europeia, não a sul-africana", esclareceu Mazzetti. "A variante britânica [...] aumenta o contágio em 70%. Se antes uma pessoa infectava duas, agora infectará seis ou sete", afirmou o vice-ministro da Saúde, Luis Suárez.

O Peru passa atualmente por uma segunda onda da pandemia, com um aumento lento, mas constante, de mortes e novas infecções. Na véspera de Natal, ultrapassou um milhão de casos e 38 mil mortes.

O país sul-americano suspendeu a chegada de voos da Europa, de 21 de dezembro até 21 de janeiro, para evitar a propagação do vírus. Além da restrição de voos, o governo proibiu a entrada de estrangeiros não residentes no Peru que estiveram no Reino Unido após o surgimento dessa cepa do coronavírus.

A capital peruana, que tem cerca de 10 milhões de habitantes, dos quais pelo menos dois milhões vivem em condições precárias, é um dos principais focos de disseminação do vírus.

O Peru anunciou, nesta semana, a compra de 52 milhões de vacinas contra a Covid-19: 38 milhões da farmacêutica chinesa Sinopharm e 14 milhões da britânica AstraZeneca. Um primeiro lote de 1 milhão de doses da Sinopharm deve chegar antes do final de janeiro e será aplicado nos profissionais de saúde.

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