PERU

Peru: preso por assassinatos e sequestros, Alberto Fujimori pretende se candidatar a presidente

Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000, quando renunciou ao cargo e fugiu do país

Alberto Fujimori, ex-presidente peruano Alberto Fujimori, ex-presidente peruano  - Foto: Luka Gonzales/AFP

Prestes a completar 86 anos no próximo dia 28, e depois de ficar preso por 16 anos por crimes contra a humanidade, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori pretende se candidatar a presidente do país sul-americano nas eleições de 2026, segundo informou a filha do político Keiko Fujimori, por meio de redes sociais.

"Meu pai e eu conversamos e decidimos juntos que ele será o candidato a presidente", afirmou Keiko, que também é política e já disputou o cargo máximo daquele país três vezes (2011, 2016 e 2021) e nunca venceu.

Em um vídeo, Keiko aparece em uma entrevista dizendo que os olhos do pai brilharam ao falar sobre política. "Ele vai fazer política até o último dia de sua vida", disse.

 

Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000, quando renunciou ao cargo e fugiu do país. Anos depois, extraditado pelo Chile, foi condenado a 25 anos de prisão por determinar dois massacres realizados entre 1991 e 1992 com resultado final para 25 mortes

Fujimori também foi condenado por participação nos sequestros do empresário Samuel Dyer e do jornalista Gustavo Gorriti - os dois casos foram em 1992.

Depois de 16 anos na prisão, ele foi solto em uma controversa decisão do Poder Judiciário peruano. O Tribunal Constitucional do Peru ordenou, em dezembro de 2023, a libertação de Fujimori. No documento que determinou a soltura, havia afirmação de que a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) - de que o Estado peruano deveria se abster de libertar Fujimori - "contradiz a execução da sentença constitucional no presente caso" e que há uma "falta de jurisdição".
 

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