Logo Folha de Pernambuco

Coronavírus

Peru prorroga por 90 dias estado de emergência por pandemia

Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de 956.000 casos do vírus, o quinto maior número da América Latina e Caribe

Coronavírus no PeruCoronavírus no Peru - Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

O Peru estendeu por 90 dias, até o início de março de 2021, o estado de emergência sanitária devido à pandemia do novo coronavírus, mas amenizou algumas restrições, enquanto persiste uma queda lenta mas sustentada de infecções e mortes, segundo regulamento governamental publicado nesta sexta-feira (27) no diário oficial. 

A prorrogação entrará em vigor a partir de 7 de dezembro e “permitirá a continuidade das ações de prevenção, controle e atenção à saúde para a proteção da população contra a pandemia Covid-19”, implementadas desde 6 de março quando teve início o estado de emergência. 

Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de 956.000 casos do vírus, o quinto maior número da América Latina e Caribe. As 35.780 mortes de Covid-19 representam a segunda maior taxa de mortalidade do mundo em proporção à sua população. 

As autoridades aumentaram a capacidade em lojas, restaurantes, museus e monumentos arqueológicos para um máximo de 60% da sua capacidade, num esforço para reativar a economia que entrou em recessão. 

As lojas estão autorizadas a receber até 60% dos clientes em vez de 50%, enquanto os restaurantes passarão de uma capacidade de 40% para 50%. 

Os bares estão excluídos das novas medidas de relaxamento, enquanto cinemas, teatros e shows ao ar livre continuarão proibidos para evitar a propagação de novas infecções. 

O turismo, um dos veios da economia peruana, se beneficiou da permissão concedida para operar 100% do transporte aéreo, terrestre e marítimo, em vez dos atuais 50%. No entanto, a falta de viajantes por medo do contágio é seu maior inimigo. 

Essas medidas sanitárias são as primeiras do novo governo chefiado por Francisco Sagasti, após a grave crise política que causou a demissão pelo Congresso do popular Martín Vizcarra em 9 de novembro. 

O chefe do Congresso, Manuel Merino, substituiu Vizcarra, mas um grande protesto popular forçou sua renúncia e substituição por Sagasti em 17 de novembro. 

Os protestos deixaram dois mortos e mais de cem feridos devido à repressão policial, segundo as autoridades. 

O governo ratificou o uso obrigatório de máscaras e mantém um toque de recolher noturno todos os dias. Também não foram autorizadas confraternizações e festas, apesar da proximidade das festas de Natal e Reveillon. 

As atividades foram gradualmente retomadas no Peru após um confinamento nacional obrigatório de mais de 100 dias - suspenso em 1º de julho - que levou a uma recessão econômica. 

A recessão foi gerada pela semiparalisia ocorrida entre meados de março e junho, quando a economia operava com apenas 44% de sua capacidade por conta de um bloqueio obrigatório. 

O PIB do Peru despencou 30,2% no segundo trimestre e 17,37% no primeiro semestre, e o Banco Central projeta queda de 12,5% em 2020.

Veja também

Papa visitará ilha francesa de Córsega após recusar convite para reabertura de Notre Dame
CLERO

Papa visitará ilha francesa de Córsega após recusar convite para reabertura de Notre Dame

Ministério da Saúde do Hamas anuncia novo balanço de 44.176 mortos em Gaza
GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Ministério da Saúde do Hamas anuncia novo balanço de 44.176 mortos em Gaza

Newsletter