Peru relata os primeiros quatro casos da variante ômicron da Covid-19
Entre os quatro infectados, há pelo menos uma mulher e uma criança de nove anos
O Peru, país com a maior mortalidade pela Covid-19 do mundo, relatou neste domingo (19) os primeiros quatro casos da variante ômicron em meio a um repique da pandemia do coronavírus.
“Infelizmente, já temos quatro casos comprovados de ômicron no Peru”, disse o ministro da Saúde, Hernando Cevallos, à imprensa.
Entre os quatro infectados, há pelo menos uma mulher e uma criança de nove anos. A mulher, cuja nacionalidade não foi especificada, chegou ao Peru da África do Sul, segundo autoridades.
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O ministro convocou reunião emergencial em seu setor para analisar se serão adotadas restrições adicionais às já vigentes.
“As medidas estão em permanente avaliação, de acordo com a evolução da pandemia. Há um aumento ligeiro e sustentado (...) Mas essa presença da variante ômicron, vamos avaliá-la com muito cuidado com o comitê de especialistas e tomar decisões com veracidade, com critérios científicos”, acrescentou.
Também exortou a população a ir aos postos de vacinação para evitar “que comece a terceira onda e nos cause os danos que fez antes”.
A variante ômicron, detectada no início de novembro na África do Sul, é altamente contagiosa, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
No Peru, é obrigatório apresentar um passaporte de saúde atestando que a pessoa recebeu pelo menos duas doses da vacina para entrar em instalações comerciais, trabalhar em espaços fechados e acessar o transporte público.
No último mês, as infecções dobraram para mais de 1.500 por dia e as mortes para mais de 50 por dia.
Com o repique, o governo proibiu reuniões e festas familiares no Natal e no Ano Novo e reforçou a campanha de vacinação. 73% da população foi imunizada com duas doses.
O país andino, com uma população de 33 milhões de habitantes, tem a maior taxa de mortalidade pela pandemia do mundo, 6.122 por milhão de habitantes, de acordo com um balanço da AFP, com base em números oficiais.
No total, foram registrados mais de dois milhões de casos, com mais de 201.000 mortes.