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Peru se torna o segundo país a abandonar o programa de crédito flexível do FMI

A inflação no país deverá passar de 6,3% em 2023 para 2,3% este ano

Peru se torna o segundo país a abandonar o programa de crédito flexível do FMIPeru se torna o segundo país a abandonar o programa de crédito flexível do FMI - Foto: Stefani Reynolds/AFP

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira (21) que o Peru deixou seu programa de crédito flexível (LCM), uma linha de apoio aprovada durante a pandemia de covid-19, ao qual Lima não precisou recorrer.

A saída, que deverá ser ratificada no domingo, tornou o país o segundo a abandonar o programa, depois da Polônia.

Este tipo de mecanismo representa o apoio econômico oferecido a países emergentes com bases econômicas sólidas, o que lhes permite enfrentar crises inesperadas, como catástrofes climáticas ou sanitárias, entre outras.

Os países que dispõem de uma linha de crédito aberta previamente aprovada, da qual podem utilizar parte ou a totalidade do valor disponível em caso de necessidade por situações específicas.

A LCM do Peru foi aprovada em maio de 2020, no início da pandemia de coronavírus que atingiu duramente o país. Deixou então cerca de 10 bilhões de dólares (R$ 51,5 bilhões na cotação da época) disponíveis para o país sul-americano.

O FMI também publicou os resultados de suas consultas do "Artigo IV" para o Peru, uma revisão da saúde econômica do Estado, na qual destacou a recuperação da economia peruana apesar das perdas sociais no início de 2023 e dos efeitos da mudança climática em seu território.

O crescimento econômico deverá recuperar este ano e atingir 2,5%, depois do impacto do El Niño, que provocou uma seca particularmente intensa no sul do continente americano.

O Peru tem um nível suficiente de reservas monetárias, uma dívida externa fraca e uma gestão orçamentária "prudente", segundo o FMI, que destaca um déficit fiscal de apenas 1,5% do PIB no ano passado.

A organização financeira exaltou ainda "o marco institucional e os fundamentos econômicos muito sólidos" do país andino e "a consistência na adoção de reformas macroeconômicas essenciais, apesar das dificuldades sociais".

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