Pesquisa indica queda na aprovação a Biden após caos no Afeganistão
O levantamento aponta ainda que 75% dos americanos apoia a decisão de enviar militares ao Afeganistão para ajudar na evacuação
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A aprovação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, caiu em 7 pontos percentuais e atingiu o nível mais baixo até aqui, depois do colapso do governo do Afeganistão e da retomada do poder local pelo Taleban, no último fim de semana, que se seguiram à retirada de tropas americanas do país.
O governo local era apoiado pelos americanos, e a troca de poder fez com que milhares de civis e conselheiros militares afegãos tentassem fugir em busca de segurança, com cenas de caos no aeroporto local.
A pesquisa nacional de opinião Reuters/Ipsos, realizada na segunda-feira (16), apontou que 46% dos adultos americanos aprovam o desempenho de Biden no cargo, o menor número registrado nos levantamentos semanais de uma série que começou no início do governo do democrata, em janeiro.
O número é 7 pontos menor do que os 53% indicados em pesquisa Reuters/Ipsos similar, divulgada na sexta-feira (13). A pesquisa, que ouviu 947 americanos, tem margem de erro de 4 pontos percentuais.
Um outro levantamento da Ipsos, também conduzido na segunda-feira, mostrou que menos da metade dos americanos aprovam a maneira com que Biden conduziu as Forças Armadas e as iniciativas diplomáticas no Afeganistão neste ano.
O presidente, que no mês passado elogiou as forças afegãs por serem "tão bem equipadas quanto qualquer outra no mundo", foi avaliado de maneira mais negativa do que os outros três mandatários que governaram durante a guerra mais longa patrocinada pelos EUA (inclusive George W. Bush, que a iniciou).
O levantamento aponta ainda que 75% dos americanos apoia a decisão de enviar militares ao Afeganistão para ajudar na evacuação. Segundo a pesquisa, 68% das pessoas disseram que a guerra "ia terminar mal, não importa quando os EUA deixassem o país".
Nesta terça, a Casa Branca disse que Biden conversou com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e que os dois acertaram uma reunião virtual do G7, na semana que vem, sobre a situação do Afeganistão.