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Pesquisas

Pesquisas de minérios podem ampliar limites marítimos do Brasil

Ministro participou das comemorações dos 50 anos do CPRM

Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta sexta-feira (14) que as pesquisas geológicas feitas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com a Marinha, no Atlântico Sul, colocarão o Brasil em posição de destaque na exploração da “nova fronteira mundial” da geologia, que são os solos das águas oceânicas. Segundo ele, ao pesquisar esses minérios o país dá mais um passo para expandir seus limites marítimos em quase 1 milhão de quilômetros quadrados (Km²).

“Essa atuação conjunta coloca o país entre os atores da nova fronteira mundial, que são as águas oceânicas. Ao pesquisar minérios do futuro em águas internacionais do Atlântico Sul, o CPRM contribui, com subsídios técnicos e jurídicos, para a extensão de limites junto às Nações Unidas, e o acréscimo de aproximadamente 950 mil km² para nossa Amazônia Azul”, disse Albuquerque durante a solenidade online que comemorou os 50 anos do CPRM

O ministro elogiou também a contribuição do Serviço Geológico do Brasil para a autonomia do país em relação à produção de potássio, mineral que é usado como fertilizante na agricultura brasileira. “O trabalho da CPRM tem se mostrado vital, e me surpreendeu ao colocar a Bacia do Amazonas no mesmo patamar das maiores províncias de potássio do mundo”, disse.

“Essa descoberta pode mudar a situação de dependência do Brasil, de um dos principais insumos da agricultura. Hoje o Brasil importa 90% do potássio que utiliza para fertilizar as plantações, e aumentar a produtividade do agronegócio, que é responsável por cerca de 21% do PIB e pela posição do Brasil de terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas”, acrescentou.

Albuquerque disse que, além de reduzir a dependência que o país tem para ter acesso a insumos agrícolas, o “grande desafio” do setor mineral atualmente é o de avançar na produção de minerais estratégicos, “para atender a indústria das chamadas tecnologias verdes, que precisam de cobalto, lítio, terras raras, nióbio entre outros minérios”.

Ainda segundo o ministro, o papel da iniciativa privada será relevante para o país avançar na exploração dos recursos minerais que possui. Na avaliação dele, a conclusão do leilão do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, no Tocantins, foi “um sucesso”. “Agora a empreitada são os outros dois importantes projetos em fase de licitação: Bom Jardim de Goiás e Miriri, nos estados de Pernambuco e Paraíba”, adiantou ao acrescentar que, para melhorar sua balança comercial, o Brasil precisa ampliar o debate sobre licenciamento ambiental de “empreendimentos de mineração que respondam a uma demanda estratégica de segurança nacional”.

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