Meio Ambiente

Petro afirma durante COP27 que conferências do clima foram um 'fracasso'

Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas começou no último domingo (06)

Gustavo Petro, presidente da ColômbiaGustavo Petro, presidente da Colômbia - Foto: Juan Barreto/AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou nesta segunda-feira (7) como um “fracasso” as conferências sobre mudanças climáticas realizadas até agora, em um discurso na COP27, no Egito, no qual defendeu seu plano de investimentos internacionais para preservar a floresta amazônica.

Com um conjunto de propostas, Petro pleiteou o desmantelamento de instituições internacionais, o fim dos combustíveis fósseis e um planejamento econômico para salvar a humanidade desses “tempos de extinção”.

“As lideranças políticas desde a COP número um até o momento fracassaram em deter as causas da crise climática”, declarou o presidente de esquerda diante de uma centena de líderes de governo e de Estado.

Elas “fracassaram basicamente porque superar a crise climática implica em deixar de consumir petróleo e carbono”, acrescentou.

“O mercado não é o principal mecanismo para superar a crise climática. É o mercado e o acúmulo de capital quem a produz e jamais serão seu remédio. Apenas o planejamento público e global multilateral permitiriam uma economia descarbonizada mundial. A ONU deve ser o cenário desse planejamento”, explicou.

No combate às mudanças climáticas, preservar a floresta amazônica é um dos pontos principais.

“A Colômbia concederá 200 milhões de dólares anualmente por 20 anos para salvar a floresta amazônica em seu território. Esperamos a contribuição mundial”, disse.

Anteriormente, em ato realizado junto ao primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e presidentes africanos, Petro havia mencionado que esperava ter o Brasil e a Venezuela a bordo desse projeto.

Petro havia também dito em agosto que aspirava pagar uma renda mensal a “cem mil famílias amazônicas”.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é esperado na COP27 nos próximos dias, enquanto o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, também está em Sharm El Sheikh e deve se dirigir ao plenário nesta terça-feira.

“Os tratados constitutivos da Organização Mundial do Comércio e do Fundo Monetário Internacional (FMI) vão contra a solução da crise climática e, portanto, devem ser subordinados e reformados segundo os acordos da COP”, defendeu Petro.

A comunidade internacional debaterá nos próximos 11 dias em Sharm El Sheikh como aumentar o financiamento do combate às mudanças climáticas. O FMI e o Banco Mundial têm um papel chave nessa arquitetura financeira.

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