Petróleo derramado no mar no Peru foi o dobro do informado até agora
O ministro fez o anúncio horas depois que a justiça peruana proibiu quatro diretores da petrolífera espanhola Repsol de deixar o país por 18 meses
A quantidade de petróleo bruto derramada no mar no Peru foi o dobro do que havia sido relatado até agora, quase 12.000 barris em vez de 6.000, afirmou o ministro do Meio Ambiente do Peru, Rubén Ramírez, nesta sexta-feira (28).
"Temos até agora um número de 11.900 barris" despejados no mar em 15 de janeiro, disse Ramírez em entrevista coletiva.
O ministro fez o anúncio horas depois que a justiça peruana proibiu quatro diretores da petrolífera espanhola Repsol de deixar o país por 18 meses, enquanto avançam as investigações sobre o derramamento que ocorreu no momento em que o petroleiro "Mare Doricum" descarregava na refinaria La Pampilla, 30 km ao norte de Lima. A empresa atribuiu o acidente à erupção vulcânica em Tonga.
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Enquanto isso, o vice-ministro do Meio Ambiente, Alfredo Mamani, que esteve ao lado de Ramírez na entrevista coletiva, confirmou que "a nova estimativa é de 11.900 barris, [como] disse o ministro".
"Até hoje já são 4.225 barris recuperados" do mar e das praias, acrescentou Mamani.
A mancha negra de óleo foi arrastada pelas correntes marítimas para cerca de 140 km ao norte da refinaria, segundo a Ministério Público, causando a morte de um número indeterminado de peixes e aves marinhas.