PETRÓPOLIS

Corpo da sétima vítima das chuvas de domingo é encontrado

O local é o mesmo onde foram encontrados os corpos dos professores Mário Augusto Queiroz Carvalho e Nelson Ricardo da Costa

Equipes de resgate trabalham na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, em PetrópolisEquipes de resgate trabalham na busca por vítimas do deslizamento de terra no Morro da Oficina, em Petrópolis - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Corpo de Bombeiros confirmou que foi encontrado o corpo de Miriam Gonçalves do Valle, de 35 anos, na manhã desta quarta-feira em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Com isso, subiu para sete o número de mortos em decorrência da chuva do último domingo (20).

Miriam estava na casa que desabou na Rua Washington Luiz, no Centro do município. Ela havia voltado para a residência, mesmo após a Defesa Civil ter interditado o imóvel, contrariando pedidos da família para se mudar.

O local é o mesmo onde foram encontrados os corpos dos professores Mário Augusto Queiroz Carvalho e Nelson Ricardo da Costa, além da mãe deste último, Heloisa Helena Caldeira da Costa. Os dois homens tentavam retirar de casa dona Heloísa, que era cadeirante, quando houve o desabamento que matou a todos. No mesmo prédio também morreu Vanila de Jesus da Silva.

Irmão de Miriam, Robson do Vale de Carvalho, 42 anos, relatou que a vítima retirou os dois filhos de casa, mas ficou na residência com o marido, Anthonio Gonçalves, que também foi soterrado. Ele, no entanto, foi resgatado com vida ainda no domingo, com as duas pernas quebradas. Já a mulher foi encontrada só nesta quarta-feira. Vanila era sobrinha de Anthonio.

No Morro da Oficina, região mais castiga na cidade pelo temporal de 15 de fevereiro, ocorreram duas mortes. O casal Jussara Berlarmino e Carmelo de Souza optou, segundo vizinhos, por permanecer depois de ter sido avisado pelos bombeiros de que deveriam deixar a casa onde viviam.

Com a localização do corpo de Míriam, as buscas por desaparecidos estão encerradas na cidade. De acordo com a Prefeitura, os militares darão auxílio aos técnicos da Defesa Civil nas ações de vistoria e interdições de casas em áreas de risco. Até terça-feira (22), 34 pessoas foram resgatadas com vida pelos militares.

Na manhã desta quarta, moradores da cidade realizaram um protesto contra o prefeito Rubens Bomtempo em frente à sede da Prefeitura. Os manifestantes interditaram os dois sentidos da Avenida Koler e pediam impeachment do governante, entre outras demandas. Por volta do meio-dia uma comissão de integrantes do protesto foi recebida por um integrante do governo. Pouco depois, os demais deixaram o local e seguiram para a Avenida do Imperador.

Das mortes, duas foram na Rua Oswero Vilaça, mesma região do Morro da Oficina, onde houve o pior deslizamento de fevereiro. Os corpos do casal Jussara Berlarmino e Carmelo de Souza foram encontrados na Rua Oswero Vilaça, mesma região do Morro da Oficina. Segundo vizinhos, os dois não quiseram deixar o imóvel apesar de serem alertados pelos bombeiros e optaram por tirar os netos da casa. A Defesa Civil municipal já tinha apontado como área de risco.

Num deslizamento, no último domingo, a casa veio abaixo, e a enxurrada de água e lama arrastou os corpos dos dois por cerca de 50 metros.

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