Pezeshkian vence as eleições presidenciais no Irã
O primeiro turno, em 28 de junho, havia registrado a adesão de 39,92% da população
O reformista Masud Pezeshkian, que defende a melhoria das relações com o Ocidente, venceu o segundo turno das eleições presidenciais no Irã neste sábado (6), contra o ultraconservador Said Jalili. Pezeshkian obteve mais de 16 milhões de votos, cerca de 54%, enquanto seu adversário Jalili somou mais de 13 milhões, em torno de 44% dos mais de 30 milhões de votos apurados, informou o porta-voz da autoridade eleitoral, Mohsen Eslami, acrescentando que a participação eleitoral foi de 49,8%.
O primeiro turno, em 28 de junho, havia registrado a adesão de 39,92% da população, o nível mais baixo nos 45 anos da República Islâmica.
"O caminho que temos à frente é difícil. Só será fácil com a sua cooperação, empatia e confiança. Estendo a minha mão a vocês", declarou Pezeshkian, de 69 anos, na rede social X, após a vitória.
Cerca de 61 milhões de eleitores foram chamados às urnas para o segundo turno.
As eleições, antecipadas após a morte do presidente ultraconservador Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em 19 de maio, ocorreram em meio a um contexto de descontentamento da população com a situação da economia, muito afetada pelas sanções ocidentais.
Imagens divulgadas pela imprensa local mostraram apoiadores do reformista comemorando nas ruas da capital Teerã e de Tabriz, no noroeste, antes mesmo do anúncio oficial dos resultados.
Pezeshkian, médico de origem azeri, foi o único reformista autorizado a concorrer às eleições e obteve 42,4% no primeiro turno, à frente dos 38,6% de Jalili.
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O novo presidene contou com o apoio de vários ex-mandatários, como o reformista Mohammad Jatami e o moderado Hasan Rohani.
Ele afirma sua lealdade à República Islâmica, mas defende uma aproximação entre o Irã e os países ocidentais, com os Estados Unidos à frente, para acabar com as sanções que afetam a economia.
Jalili, seu adversário de 58 anos, defendia uma política inflexível frente aos países ocidentais, uma posição que demonstrou quando foi negociador do programa nuclear iraniano.