Logo Folha de Pernambuco

desmatamento

PF combate desmatamento para criação de gado na floresta amazônica

Operação abrange áreas de Mato Grosso e do Pará

Agentes atuam nas cidades de Novo Progresso, no oeste do Pará, e Sinop, no Mato GrossoAgentes atuam nas cidades de Novo Progresso, no oeste do Pará, e Sinop, no Mato Grosso - Foto: PF/Pará

A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta quinta-feira (3),  três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, contra suspeitos de promover invasão de terras públicas e desmatamento na floresta amazônica. Os agentes atuam nas cidades de Novo Progresso, no oeste do Pará, e Sinop, no Mato Grosso.

Também foi determinado o bloqueio de R$ 116 milhões, além do sequestro de veículos, de 16 fazendas e outros imóveis e a indisponibilidade de 10 mil cabeças de gado. A medida tem como objetivo garantir um valor mínimo para a recuperação de recursos florestais extraídos e da área atingida.

Segundo apontam as investigações da PF de Santarém, no Pará, os suspeitos teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União. Eles são acusados, ainda, de promover o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente a quatro vezes o tamanho das Ilhas de Fernando de Noronha, em Pernambuco, com agravante de ocupação de terras indígenas e unidades de conservação.

A identificação da área desmatada em Novo Progresso motivou o início das investigações que apontaram um esquema para a criação de gado na floresta. Os crimes começavam com a realização de Cadastro Ambiental Rural fraudulento das áreas próximas às de propriedade privada de posse dos suspeitos, mas os registros eram feitos em nome de terceiros, principalmente de parentes.

Processos criminais
As áreas eram desmatadas e destinadas à criação de gado sem que os verdadeiros criminosos respondessem aos processos criminais ou administrativos. Os processos contra as pessoas cadastradas de forma fraudulenta não teriam resultados financeiros contra os verdadeiros criminosos, já que os processados alegavam falta de patrimônio.

As investigações indicam, ainda, que o grupo era comandado por um suspeito que já tinha recebido 11 autuações e seis embargos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Ele também é suspeito de invadir e causar danos ambientais em áreas da Terra Indígena Baú, no município de Altamira, no Pará, onde vivem os povos indígenas Kayapó e Pu´rô.

Veja também

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
COP29

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

Passageiro incendeia ônibus em que viajava com outras 45 pessoas; veículo foi destruído
INCÊNDIO

Passageiro incendeia ônibus em que viajava com outras 45 pessoas; veículo foi destruído

Newsletter