FRAUDE PREVIDÊNCIA

PF deflagra operação contra venda de atestados falsos em agências do INSS no Recife e Jaboatão

Fraude envolvia atestados médicos, de acordo com a PFFraude envolvia atestados médicos, de acordo com a PF - Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (29), a Operação CID Fácil para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. A ação mira suspeita de fraude previdenciária.

De acordo com a corporação, foram arrecadados documentos, aparelhos celulares, computadores, carimbos, cartões do INSS e material para subsidiar as investigações em andamento. 

As investigações começaram em 2019 e apuram a falsificação de atestados médicos em várias agências do INSS. Até agora, a apuração indicou que diversas unidades foram alvos, entre as quais as de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, e Jaboatão dos Guararapes.

"[Os atestados] eram vendidos para as pessoas interessadas, com o consequente acompanhamento dos beneficiários para as entrevistas no INSS, objetivando a  obtenção de auxílio doença, aposentadoria por invalidez e benefício assistencial a pessoa portadora de deficiência", detalhou a PF sobre o modus operandi do esquema criminoso.

Esquema
Segundo a polícia, a fraude foi descoberta quando um médico percebeu a falsificação de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina - fato confirmado, também de acordo com a PF, pela Secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes.

A secretaria municipal informou que o médico não poderia ter emitido o atestado e, então, a polícia chegou à identificação do responsável pela falsificação e venda de atestados médicos a dezenas de pessoas. 

Ao ser concedido o benefício fraudulento, parte do dinheiro era depositado mensalmente na conta dos estelionatários.

A PF ainda levanta o número de benefícios falsificados bem como o prejuízo aos cofres públicos. 

O investigado responderá pela prática de estelionato qualificado - Artigo 171, Parágrafo 3º do Código Penal, cujas penas variam de um a cinco anos de reclusão.

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