Pfizer indica que doses de reforço da sua vacina contra a Covid-19 poderão ser necessárias
Estudos estão em andamento para checar a eficácia do imunizante contra novas variantes do coronavírus
O chefe da farmacêutica Pfizer, responsável por um dos imunizantes que estão sendo utilizados no mundo contra a Covid-19, disse que, provavelmente, seja necessário fazer doses de reforço da vacina desenvolvida pela gigante norte-americana.
"Uma hipótese provável é que seja necessária uma terceira dose, entre seis e 12 meses, e, a partir daí, será necessário se vacinar todos os anos, mas tudo isso tem que ser confirmado", destacou o CEO da Pfizer, Albert Bourla, em declarações divulgadas nesta quinta-feira (15), pela CNBC.
“Por outro lado, as variantes terão um papel fundamental”, acrescentou. “É extremamente importante minimizar o número de pessoas vulneráveis ao vírus”, continuou Bourla.
Anteriormente, o diretor da célula anti-Covid do governo norte-americano também havia declarado que a população do país deveria esperar receber uma injeção de reforço da vacina, para se proteger das variantes em circulação.
“Neste momento, não sabemos tudo”, reconheceu o doutor David Kessler, em audiência perante legisladores norte-americanos. "Estamos estudando a duração da resposta dos anticorpos", explicou.
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A aliança Pfizer/BioNTech havia anunciado, em fevereiro, que estudava os efeitos de uma terceira dose de sua vacina em um estudo clínico. Administrada em duas doses, essa vacina, assim como a da Moderna, usa uma tecnologia inovadora de RNA mensageiro, nunca antes usada na vida real.
No momento, essas duas vacinas são as que funcionam melhor, com a vacina Pfizer/BioNTech apresentando 95% de eficácia contra a Covid-19 e a Moderna, 94,1%, de acordo com estudos clínicos.