Pfizer inicia testes no Brasil para avaliar eficácia de sua vacina contra Covid em grávidas
Os testes no Brasil fazem parte de um estudo global da farmacêutica com aproximadamente 4 mil mulheres entre a 24ª e a 34ª semana de gestação
A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou nesta terça-feira (25) o início dos testes de sua vacina contra Covid-19 em grávidas no Brasil.
O ensaio combinado de fases 2 e 3 visa avaliar a segurança e a eficácia da vacina Cominarty (nome comercial da vacina BNT162b2) contra a doença causada pelo coronavírus nesse grupo. Cerca de 200 gestantes saudáveis com 18 anos ou mais deverão participar do estudo no país.
Os testes no Brasil fazem parte de um estudo global da Pfizer com aproximadamente 4.000 mulheres entre a 24ª e a 34ª semana de gestação para avaliar segurança, tolerância e imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune) de duas doses da vacina administradas em um intervalo de 21 dias.
Como a eficácia da vacina da Pfizer já foi comprovada em ensaios clínicos na população geral, as participantes serão divididas em grupos para receber dosagens diferentes do imunizante.
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Além da ação da vacina para proteção das gestantes, o levantamento também deve avaliar a segurança e a transferência de anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 das mães para os bebês, com o monitoramento dos recém-nascidos até os seis meses de idade.
No início do mês, um estudo com as vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) em 103 grávidas e lactantes feito nos Estados Unidos apontou que os fármacos produzem resposta imune e não são teratogênicos, isto é, não causam malformação ou morte do feto.
Além disso, dados de mais de 35 mil mulheres imunizadas nos EUA com estas vacinas apresentaram uma boa segurança e a capacidade de as vacinas induzirem resposta imune.
A vacina da Pfizer é a única atualmente no país com registro definitivo para uso em toda a população com 16 anos ou mais. A eficácia da vacina na proteção contra a Covid-19 é de 95%. Estudos de efetividade da vacina na vida real apontaram ainda para uma eficácia de 86% contra a infecção assintomática.