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Pilotos franceses desaparecem após colisão entre caças; acidente é primeiro com modelo

Aeronaves Rafale colidiram durante voo; dois tripulantes estão desaparecidos

Caça Rafale é usado para caçar aviões inimigos, atacar alvos no solo e no mar, realizar reconhecimento e carregar ogivas nucleares da França Caça Rafale é usado para caçar aviões inimigos, atacar alvos no solo e no mar, realizar reconhecimento e carregar ogivas nucleares da França  - Foto: WikiCommons

Dois caças franceses Rafale colidiram no ar na quarta-feira em um raro acidente envolvendo os avançados aviões militares, e as autoridades iniciaram uma busca desesperada pelos dois tripulantes desaparecidos.

Um piloto ejetou após a colisão sobre o nordeste da França, mas um instrutor e um piloto aluno no segundo caça estão desaparecidos.

Os dois jatos supersônicos eram da base aérea de Saint-Dizier, informou um porta-voz da Força Aérea em Paris à AFP.

"Um dos pilotos foi encontrado são e salvo", disse o Ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, na plataforma de mídia social X.

 

"A busca ainda está em andamento" após o acidente, acrescentou ele, agradecendo às forças armadas e à polícia envolvidas na operação.

Não estava imediatamente claro o que causou a colisão, que as autoridades disseram ter ocorrido sobre Colombey-les-Belles, uma cidade no nordeste da França.

"As autoridades militares irão relatar as causas do acidente", disse a prefeitura local.

O caça Rafale "multifunção" — usado para caçar aviões inimigos, atacar alvos no solo e no mar, realizar reconhecimento e até carregar ogivas nucleares da França — se tornou um bestseller para a indústria de armamentos francesa.

Acidentes envolvendo jatos Rafale são raros.

"Ouvimos um barulho alto, por volta das 12h30", disse Patrice Bonneaux, vice-prefeito de Colombey-les-Belles, à AFP.

Não era o habitual estrondo sônico de um caça rompendo a barreira do som, ele afirmou. "Era um barulho estranho, um som percussivo."

"Presumi que dois aviões haviam colidido, mas não acreditávamos nisso", acrescentou, mencionando que uma estrada próxima a uma floresta tinha sido isolada.

Em dezembro de 2007, um caça Rafale caiu perto de Neuvic, no sudoeste da França. Investigadores concluíram que o piloto havia ficado desorientado.

Esse foi considerado o primeiro acidente de um Rafale.

Em setembro de 2009, dois aviões Rafale caíram enquanto voltavam para o porta-aviões Charles de Gaulle ao largo da costa de Perpignan após completar um voo de teste. Um piloto morreu.

A França vendeu o Rafale para Egito, Índia, Grécia, Indonésia, Croácia, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Lecornu disse em janeiro que a França havia encomendado 42 novos caças Rafale, com a primeira entrega prevista para 2027. A Força Aérea Francesa já encomendou mais de 230 Rafales desde que o jato entrou em serviço.

O presidente francês Emmanuel Macron tem incentivado os fabricantes de defesa a aumentar a produção e a inovação, à medida que a Europa busca aumentar o fornecimento de armas para fortalecer a Ucrânia, que luta para repelir a invasão da Rússia, agora em seu terceiro ano.

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