Logo Folha de Pernambuco

Saúde

Pimenta: comer o tempero 3 vezes por semana diminui o risco de AVC, aponta estudo; entenda

Ingrediente que dá a sensação de ardência também pode prevenir derrames, diminuir diabetes e até a congestão nasal

Os cientistas afirmam que os benefícios para a saúde se devem aos efeitos da capsaicina, ingrediente que dá ardência às pimentasOs cientistas afirmam que os benefícios para a saúde se devem aos efeitos da capsaicina, ingrediente que dá ardência às pimentas - Foto: Freepik

Comer pimenta algumas vezes na semana pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e até mesmo demência, segundo estudo feito pela Universidade Médica de Guangxi, na China.

Os pesquisadores entrevistaram mais de 50 mil adultos sobre a frequência com que eles comiam pimentas frescas, molho de pimenta ou adicionavam pimentas secas às suas preparações e descobriram que aqueles que comiam um prato apimentado apenas uma vez por semana reduziram o risco de um acidente vascular cerebral isquêmico com risco de vida (onde um coágulo se forma nos vasos sanguíneos estreitos do crânio, interrompendo o fluxo sanguíneo para o cérebro) em 13%, em comparação com aqueles que raramente ou nunca comiam pratos apimentados.

A porcentagem aumentava para quase 20% menos probabilidade naqueles que comiam pimenta ao menos três vezes na semana. Segundo o estudo, o efeito também foi visto em pessoas obesas. Sendo a condição um fator importante no risco para derrames.

Os cientistas afirmam que os benefícios para a saúde se devem aos efeitos da capsaicina, ingrediente que dá ardência às pimentas. A capsaicina aumenta o metabolismo, ou a taxa na qual o corpo gasta energia, em cerca de 8%, e, por sua vez, isso afasta a obesidade.

Um outro estudo, publicado no Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases em 2019, descobriu que pacientes com derrame que receberam um suplemento de capsaicina tinham muito menos probabilidade de sofrer de disfagia (problema que afeta até 80% das vítimas de derrame), o que dificulta a deglutição de alimentos e bebidas.

Foi demonstrado que o composto picante estimula os receptores nos músculos da garganta, fazendo com que eles se contraiam mais facilmente, auxiliando na deglutição.

Pimentas também podem ser boas para o coração. Em um dos maiores estudos sobre os benefícios para a saúde de uma dieta apimentada, relatado em 2020 na conferência da American Heart Association, pesquisadores descobriram que aqueles que comiam regularmente pratos contendo pimentas tinham 26% menos probabilidade de morrer de doenças cardíacas do que aqueles que raramente, ou nunca, as comiam.

O estudo, do Cleveland Heart, Vascular and Thoracic Institute em Ohio, analisou os hábitos alimentares de mais de 570.000 pessoas que participaram de vários estudos sobre dieta e saúde. Os pesquisadores americanos ressaltaram que é muito cedo para dizer com certeza que comer alimentos apimentados salva vidas, já que o estudo não levou em consideração a quantidade ou o tipo de pimenta (algumas são mais picantes que outras) que os voluntários estavam comendo.

Estudos feitos em camundongos também mostraram que a capsaicina ajuda a reduzir a inflamação no cérebro, também associada ao declínio cognitivo. E protegia contra a formação de placas amiloides, os depósitos nocivos considerados responsáveis pelos sintomas do Alzheimer, incluindo perda de memória e alterações de humor. Entretanto, ainda são necessários mais estudos para comprovar essa parte.

Congestão nasal
A capsaicina também pode liberar a congestão nasal. Isso ocorre porque elas desencadeiam a liberação de muco, o que pode aliviar a congestão e facilitar a respiração por um curto período.

Em alguns países, os médicos prescrevem um spray nasal à base de capsaicina para rinite não alérgica, em que a congestão nasal é causada por um resfriado ou irritação por poluentes, como fumaça de cigarro.

Veja também

Entenda como clínicas de fertilidade aplicam golpes na Nigéria
Golpe

Entenda como clínicas de fertilidade aplicam golpes na Nigéria

Trump irrita México e Canadá com ameaça de tarifas de 25%
comércio

Trump irrita México e Canadá com ameaça de tarifas de 25%

Newsletter