Política

Plataforma de esquerda radical Sumar pede expulsão de Israel da Eurovisão

O documento havia recebido quase 7.000 assinaturas até a tarde desta sexta-feira

Manifestantes protestam pela libertação da Palestina em Boston, nos Estados UnidosManifestantes protestam pela libertação da Palestina em Boston, nos Estados Unidos - Foto: Joseph Prezioso / AFP

A plataforma de esquerda radical Sumar, parceira do governo espanhol do socialista Pedro Sánchez, lançou nesta sexta-feira (10) uma petição online para instalar assinaturas a favor da expulsão de Israel do festival de música Eurovision, cuja final acontece neste sábado.

O documento havia recebido quase 7.000 assinaturas até a tarde desta sexta-feira.
 

A Sumar, presidida por Yolanda Díaz, a número três do governo, considerou que a União Europeia de Radiodifusão (UER), que supervisiona a Eurovisão, fez com que "uma parte importante da audiência habitual do concurso o acompanhasse com decepção ou até deixar de vê-lo" ao aceitar a participação de Israel, ao mesmo tempo que este país "extermina o povo palestino".

A formação de esquerda radical lamentou também que o cantor sueco Eric Saade, cujo pai é de origem palestina, tenha sido criticado pela UER após ter usado um lenço palestino amarrado ao braço durante uma atuação.

“Na Sumar, nos juntamos aos protestos que toda a Europa está a protagonizar para acabar com esta vergonha internacional, dos estudantes universitários de Eric Saade”, acrescentou.

Israel, que participa do festival com uma música chamada “Hurricane”, é um dos 26 países que vão disputar no sábado a final do evento, que em 2023 foi acompanhado por 162 milhões de telespectadores.

Israel compete no Eurovision desde 1973, concurso que ganhou quatro vezes.

Quase 12 mil pessoas, incluindo a ativista Greta Thunberg, manifestaram-se na quinta-feira na cidade sueca de Malmö, palco do concurso deste ano, contra a participação de Israel.

A Espanha, considerada a voz europeia mais crítica a Israel, tenta juntar outros países do continente ao seu plano de reconhecimento de um Estado palestino.

Segundo o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, Espanha, Irlanda e Eslovénia planeiam refletir o Estado específico simultaneamente em 21 de maio.

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