Pneumonia: os 5 famosos que sofreram da infecção neste ano
Condição é uma infecção respiratória que afeta os pulmões e que, se não tratada, pode levar à morte
A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões, pode ser causada por bactérias, vírus e, em casos raros, por fungos, e acomete principalmente pessoas com doenças pulmonares. A condição, se não tratada, pode levar à morte, sendo a principal causa de óbito por doença infecciosa no mundo.
As pneumonias bacteriana, viral e fúngica têm sintomas parecidos com a gripe, como catarro amarelado, febre alta, tosse e falta de ar, e podem confundir o paciente. Entretanto, o que difere são dores inflamatórias fortes no pulmão, respiração acelerada, sensação de peito carregado e pesado, calafrios, mudanças na pressão arterial, mal-estar generalizado, além de sentir um cansaço e fadiga extrema. Esses sinais podem permanecer por três dias ou mais, mesmo depois de tomar remédio.
Recentemente, a cantora Iza foi diagnosticada com a doença e precisou cancelar todos os seus compromissos até o final desta semana. Segundo a assessoria, a artista de 33 anos está medicada e sua saúde está “sob controle”.
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Iza não foi a única famosa a ser diagnosticada com a condição este ano. Confira outros nomes que precisaram até mesmo ficar internados por conta da infecção:
Herbert Vianna
No final de junho, o músico do Paralamas do Sucesso chegou a ficar internado por oito dias no hospital Copa D´Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O cantor, guitarrista e compositor de 62 anos tinha sido diagnosticado com pneumonia bacteriana. Durante este período, Vianna recebeu como tratamento terapia antibiótica venosa, fisioterapia respiratória e suporte de oxigenioterapia.
Arlindo Cruz
O cantor chegou a ficar mais de 20 dias internado na CTI da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, em julho deste ano por conta de uma pneumonia. O estado dele era estável, mas, segundo sua família, ele costuma ficar internado no CTI por enfrentar sequelas de um AVC hemorrágico sofrido em 2017. Desde então o cantor já passou por 17 cirurgias.
Antes de dar entrada no hospital com pneumonia, Arlindo seguia tratamento em casa, onde contava com ajuda de uma equipe médica e de seus familiares. Apesar de não falar e nem mesmo andar, o cantor consegue esboçar reações quando ouve música e assiste seus filmes preferidos.
Anderson Leonardo
No começo de setembro foi a vez do cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo, em decorrência de uma pneumonia. Aos 51 anos, desde maio, o artista também está tratando desde maio um câncer próximo à virilha, na região chamada inguinal. Ele foi diagnosticado com a doença em outubro do ano passado, em dezembro viu o câncer entrar em remissão, mas cinco meses depois precisou retomar os procedimentos médicos.
Logo depois, o caso do cantor se intensificou e ele foi diagnosticado com uma embolia pulmonar, causada normalmente por um coágulo, que normalmente se forma nos membros inferiores (trombose), que se desprende das paredes dos vasos sanguíneos e se desloca em direção ao pulmão, entupindo os vasos desse órgão.
Agnaldo Rayol
O cantor de 85 anos também chegou a ficar internado por 11 dias no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com a doença. Na época, a assessoria de imprensa do artista disse que ele precisou ficar em observação por conta da idade e pelo seu quadro de saúde asmático.
Em vídeo publicado nas redes sociais no dia da alta, Agnaldo disse: "Estou saindo agora onde fui tratar pneumonia. Está tudo ok, estou bom, vou para casa. Quero agradecer as pessoas que me trataram muito bem e estou muito feliz. Está tudo ótimo, está tudo bem, quero muito dizer que brevemente, graças a Deus, estaremos todos juntos". Ele teve uma pneumonia leve.
Pneumonia bacteriana x pneumonia viral
Pessoas com pneumonia bacteriana têm uma progressão mais rápida da doença e início abrupto dos sintomas e, geralmente, sem nenhum sintoma respiratório anterior. Já em infecção bacteriana hospitalar, há maior risco de morte, devido à baixa imunidade dos pacientes e à agressividade do agente infeccioso.
Por outro lado, a pneumonia viral surge geralmente associada a um quadro respiratório pré-existente, como congestão nasal, gripe e a Covid-19. Já a pneumonia fúngica, muito rara, tem uma progressão mais lenta, sintomas arrastados e febre baixa.
Causas de morte de pneumonia
A complicação mais comum no caso de uma pneumonia que leva um paciente a óbito é o baixo nível de oxigênio na corrente sanguínea, causando falta de ar e que pode causar um quadro de insuficiência respiratória, além de uma parada cardiorrespiratória.
A diminuição da pressão arterial também pode ser uma possível causa de morte, visto que o micro-organismo responsável pela pneumonia pode entrar na corrente sanguínea, ou a resposta do corpo à infecção pode ser exagerada, resultando em um quadro clínico denominado sepse, inflamação que se espalha pelo organismo diante de uma infecção, podendo levar a queda da pressão arterial e falência de órgãos.
A pneumonia não tratada também pode causar um abscesso pulmonar, formada quando uma pequena área do pulmão morre e um acúmulo de pus se forma no lugar, podendo resultar em uma infecção necrosante. Outra complicação desencadeada pela condição é um empiema, presença de pus no espaço entre o pulmão e a parede torácica, que também pode levar a morte.
Por último, entre os principais riscos, ainda há as lesões graves dos pulmões, que podem ter quadros irreversíveis da doença. Isso acontece após uma infecção devastadora ou inflamação excessiva em resposta à infecção. Essas lesões podem causar falta de ar, geralmente com uma respiração rápida e superficial, pacientes com este tipo de quadro podem precisar de apoio respiratório com um ventilador mecânico por um período de tempo estendido.
Tratamento para a pneumonia
Dependendo do tipo de pneumonia, o especialista pode prescrever antibióticos, antivirais, antifúngicos ou antiparasitários. Exercícios de respiração profunda também pode ser um bom aliado.
As pessoas com pneumonia que estão com falta de ar ou têm baixos níveis de oxigênio no sangue recebem oxigênio suplementar, geralmente por um pequeno tubo plástico nas narinas (cânula nasal).
Apesar de o repouso ser uma parte importante do tratamento, o repouso absoluto pode ser nocivo e as pessoas são incentivadas a fazer pequenos exercícios como, breves caminhas entre os cômodos da casa, ou em casos mais graves, sair da cama para sentar em uma cadeira do outro lado do quarto.