Polícia abre investigação contra mulher denunciada por racismo em lanchonete, na Zona Oeste do Rio
Discussão teria acontecido na fila de um estabelecimento na Cesário de Melo, em Campo Grande
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A Polícia Civil abriu inquérito para investigar uma mulher suspeita de cometer atos de racismo durante uma discussão com um jovem em fila de lanchonete, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Amanda Queiroz Ornela foi flagrada em vídeo que viralizou nas redes sociais proferindo ofensas racistas contra Mattheus da Silva Francisco, de 22 anos. O caso teria acontecido na madrugada de domingo para segunda e foi registrada na 35 DP (Campo Grande). No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como injúria por preconceito.
No vídeo, gravado por testemunhas que presenciaram a discussão, Amanda xinga e discute com Mattheus e outra mulher que também aguardava na fila. Em seguida, ela profere ofensas racistas. Segundo funcionários, ela e o jovem teriam discutido enquanto aguardavam para pedir um lanche. Na ocasião, Amanda teria acusado o rapaz de furar a vez dela e o ofende.
Segundo testemunhas, ela e o jovem teriam discutido enquanto aguardavam na fila para pedir um lanche. Na ocasião, Amanda teria acusado o rapaz de furar a vez dela e o ofende.
“Tu é branco por acaso? Ele é preto e estou na fila. Odeio preto, é verdade. Não sou obrigada a gostar e não gosto”, disse a mulher no vídeo.
A atitude de Amanda revoltou clientes que também aguardam no estabelecimento. Uma senhora que presenciou o ocorrido impediu que a mulher fosse embora da lanchonete até a chegada da polícia. Em outros trechos, Amanda chega a ameaçar o jovem que está filmando a discussão dizendo ser “casa com a milícia”.
Em determinado trecho do vídeo é possível ver Mattheus chorando após sofrer ofensas racistas pela suspeita. Segundo a polícia, a confusão começou depois que Amanda disse que a fila do caixa foi furada. Neste momento ela, já exaltada, ela começou a insultaro jovem que também aguardava por atendimento. Ele e outros clientes – que se mobilizaram para defender o jovem, passaram a gravar o bate-boca. No entanto, o momento exato da suposta primeira ofensa não foi gravado.
Amanda teria se apresentado como médica. Em outro momento das filmagens, ela faz ameaças ao jovem e as pessoas que estavam presentes na confusão.
Procurado, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que repudia qualquer caso de racismo. "O mesmo é um ato criminoso e deve ser tratado como tal. Em relação ao fato da pessoa ser médica, com o nome informado pelo veículo, o Cremerj não identificou nenhum registro em seu sistema", completou a nota.