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Investigação

Polícia Civil e MP realizam operação ligada ao caso Marielle, diz TV

Além de mandados de busca e apreensão, os agentes também cumprem pedidos de prisão de denunciados por compor a organização criminosa

Marielle Franco em sessão da Câmara Municipal do Rio de JaneiroMarielle Franco em sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

A Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) fazem uma operação nesta terça (30) contra integrantes do chamado Escritório do Crime, milícia com atuação na zona oeste da capital fluminense que se dedica a homicídios por encomenda. A ação, batizada de Tânatos, numa referência ao "Deus da Morte" na mitologia grega, é um desdobramento da investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, segundo a emissora Globonews.

Além de mandados de busca e apreensão, os agentes também cumprem pedidos de prisão de denunciados por compor a organização criminosa. Foram presos no início da manhã Leonardo Gouvêa da Silva, vulgo MAD, e Leandro Gouvêa da Silva, conhecido como Tonhão.

Segundo o Ministério Público, a operação é resultante de três denúncias sobre supostos crimes cometidos pelo grupo, que possuía ligação com Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, "que exercia forte influência sobre o bando". Adriano foi morto em fevereiro deste ano durante operação que buscava prendê-lo na Bahia.

Adriano, de acordo com o MP, é apontado como mandante do homicídio de Marcelo Diotti da Mata, na noite do dia 14 de março de 2018, mesmo dia em que Marielle e Anderson foram assassinados. Diotti seria visto como desafeto do grupo, segundo a investigação, e já havia sido preso por homicídio e exploração de máquinas de caça-níqueis. O grupo também é apontado como autor da tentativa de assassinato do PM reformado Anderson Cláudio da Silva, o Andinho, e do também PM Natalino dos Santos Rodrigues, em janeiro de 2018, em Bangu. O primeiro não foi atingido pelos disparos e o segundo, apesar de baleado, sobreviveu ao ataque.

"Após essa data, apurou-se que os denunciados, em diferentes dias, se deslocaram a outros endereços vinculados a Anderson, com o intuito de monitorar sua rotina, em busca de obter êxito em uma segunda investida criminosa, que veio a ocorrer em 10 de abril do mesmo ano", informou o Ministério Público.

De acordo com a promotoria, Leonardo exerce a chefia sobre os demais e seu irmão, Leandro, atua como motorista do grupo, tendo ainda como tarefa o levantamento, a vigilância e o monitoramento das vítimas. Outros dois denunciados cumprem funções semelhantes, sendo ainda braços armados: João Luiz da Silva, o Gago, e Anderson de Souza Oliveira, o Mugão, ambos ex-policiais militares.

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