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Londres

Polícia de Londres volta a ser criticada por caso de desaparecimento de irmãs

As duas meninas desapareceram em junho de 2020

Polícia de LondresPolícia de Londres - Foto: Daniel Leal-Olivas / AFP

O Gabinete Independente britânico de Conduta Policial (IOPC, corregedoria) expôs os erros e a atitude "inaceitável" da Scotland Yard diante do desaparecimento, em junho de 2020, de duas irmãs que mais tarde foram encontradas mortas esfaqueadas.

Enfraquecida por vários casos recentes, incluindo a prisão perpétua de um policial pelo sequestro, estupro e assassinato da londrina Sarah Everard, a polícia de Londres anunciou na noite de segunda-feira (25) que pediria desculpas à família de Nicole Smallman e Bibaa Henry.

A família das duas irmãs, de 27 e 46 anos, que desapareceram após comemorar o aniversário de uma delas em um parque de Wembley em 5 de junho de 2020, havia informado a polícia de seu desaparecimento e seus corpos foram encontrados no dia 7.

A investigação do IOPC revelou deficiências no tratamento das informações recebidas, o que levou ao encerramento da investigação com base em elementos recebidos de um familiar que não parecia particularmente preocupado. 

Foram abertos processos contra três policiais para melhorar sua conduta profissional.

Segundo a polícia londrina, o inspetor apontou durante a investigação que foi uma das tarefas mais difíceis de sua carreira, com 16 pessoas desaparecidas, para uma unidade com apenas 50% do efetivo devido à pandemia do coronavírus.

Em contrapartida, a corregedoria da polícia descartou qualquer preconceito racista ou discriminação com base na origem das duas irmãs negras.

Um atendimento satisfatório teria salvado os parentes das duas irmãs da "terrível descoberta" de seus corpos "depois de terem organizado suas próprias buscas", destacou em um comunicado o diretor regional do IOPC, Sal Naseem, julgando "vital" corrigir as deficiências detectadas para "restaurar a confiança pública" na polícia de Londres.

Em um comunicado, sua chefe, Cressida Dick, disse que "lamentava profundamente que o nível de serviço prestado fosse insuficiente", acrescentando que a família foi contatada para saber se concordaria em recebê-la, ou a outro oficial, para um pedido de desculpas.

Um homem de 19 anos, Danyal Hussein, foi considerado culpado em julho pelo assassinato das duas irmãs. 

Por outro lado, dois policiais foram acusados de falta grave no exercício de suas funções por terem se fotografado no local do duplo homicídio e compartilhado as imagens. 

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