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VIOLÊNCIA

Polícia de Mato Grosso do Sul prende suspeito por morte de empresário francês a marteladas no Rio

Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, foi amarrado e roubados dentro da casa que ele comprou para ser pousada

Rodolphe Jean-Claude Maurice JolyRodolphe Jean-Claude Maurice Joly - Foto: reprodução

Polícia Civil do Mato Grosso do Sul prendeu, nesta sexta-feira (23), Alessandro de Azevedo Monteiro, acusado de matar o pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, dentro da casa que comprou para reformar e transformar em pousada, na Zona Oeste do Rio.

O homem foi encontrado em uma pensão de Campo Grande, capital sul mato-grossense, onde estava morando. Na chegada dos policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) Alessandro não ofereceu resistência e afirmou que já esperava pela polícia.

Nesta quinta-feira (22), a Polícia Civil do Rio prendeu Thiago Mariano dos Santos Monteiro, que foi localizado em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O rapaz fazia parte da equipe de funcionários do falso engenheiro Alessandro de Azevedo Monteiro, contratado para realizar a obra e que continua foragido.

Segundo o delegado Leandro Costa, assistente da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Rodolphe viajava por diversos países havia alguns meses, quando conheceu o Brasil e decidiu-se instalar no Rio. Sozinho, comprou uma casa grande e antiga a fim de realizar intervenções e adaptá-la para o novo negócio.

Após tomar conhecimento de um anúncio feito por Alessandro, que se apresentava com engenheiro utilizando o registro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) de um profissional de São Paulo e proprietário da Athus Construindo Sonhos os dois iniciaram as negociações.

Em 20 de julho, Rodolphe e Alessandro assinaram contrato para a execução da obra, nos 125 dias seguintes, que contemplaria construções de pavimentos, alterações de entrada e saída, instalações de rede elétrica, entre outros serviços, no valor total de R$ 180 mil. Após o pagamento de um terço do acertado (R$ 60 mil), entretanto, o estrangeiro e o suposto engenheiro passaram a ter divergências e o segundo parou de prestar o trabalho de empreiteiro ao primeiro.

Rodolphe decidira então ingressar com uma ação judicial contra Alessandro, contratando um advogado que acabou por descobrir que ele não era engenheiro e ainda possuía um histórico de crimes, tendo praticado golpes semelhantes com outras vítimas. Na delegacia, testemunhas relataram que, nessa ocasião, também ao perceber que o francês despendia altos montantes na obra e possuía bens de valor, ele teria planejado roubá-lo.

Na noite de 27 de agosto, Alessandro, Thiago e outro pedreiro já identificado teriam ido até à casa de Rodolphe, lhe amarrado e agredido por diversas vezes com um martelo, chegando a quebrar a ferramenta em sua cabeça, entre 23h e 4h da madrugada seguinte. Os três saíram do local com celular, laptop e videogame da vítima, encontrada morta por vizinhos no dia seguinte. Os pertences foram recuperados logo depois com receptadores.

Na DHC, Alessandro negou o crime e disse que pegou os eletrônicos de Rodolphe como parte do pagamento, mas que os devolveria em seguida. Além de depoimentos de testemunhas, foram realizadas outras diligências por agentes da especializada, além do cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos de participação no latrocínio.

“Em decorrência da perplexidade do caso, a Polícia Francesa, através do Consulado da França no Brasil, iniciou uma investigação paralela de cunho internacional em que também foram expedidos mandados de prisões internacionais para os autores”, informou a Polícia Civil do Rio, em nota.

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