Polícia de Nova York pede desculpas a estudante de 15 anos por acusação errônea de homicídio
Camden Lee teve imagem divulgada como suspeito de ser o atirador em festival que matou uma pessoa e deixou outras quatro feridas
O jovem americano Camden Lee viu um capítulo caótico da sua vida se encerrar no último domingo. Em nota enviada à imprensa americana, o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) admitiu que errou em acusação ao jovem, equivocadamente apontado como suspeito de ser o atirador que matou uma pessoa e deixou outras quatro feridas em um festival em setembro do ano passado.
Em comunicado à imprensa americana, o departamento diz que uma foto que circulou indicando Lee como suspeito teve um "apontamento errôneo de que ele era procurado pelo tiroteio" no West Indian American Day Parade, festival que celebra a cultura caribenha, no Brooklyn.
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"A NYPD deveria ter corrigido essa alegação imediatamente. Pedimos desculpas e seguimos buscando justiça pelas vítimas", completou a nova porta-voz da polícia local, Delaney Kempner.

Lee, que é negro, passou a ter a imagem vinculada ao crime cerca de três semanas depois do festival, realizado no dia 2 de setembro, no bairro do Brooklyn, quando a polícia local postou uma foto em sua conta oficial de procurados. Na ocasião, um homem ainda não identificado abriu fogo contra um grupo de pessoas, deixando uma vítima fatal e ferindo outras quatro. Lee e um amigo haviam acabado de deixar um treino de futebol americano — o amigo chegou a machucar o ombro na confusão.
Assim que viram a imagem, ele a família se apresentaram à polícia na companhia de um advogado. Na delegacia, ouviram que ele não era tratado como suspeito. Pouco depois, a polícia apagou as fotos, mas não se retratou oficialmente. Segundo a agência de notícias Associated Press, o departamento de comunicação da força, que havia divulgado a foto a emissoras de TV e veículos de comunicação, pediu que a mesma parasse de ser divulgada, mas sem dar explicações oficiais sobre o caso.
O estudante precisou se mudar com a família temporariamente e se afastar da escola enquanto recebia ameaças de morte. Agora, espera retomar a vida normal.
— Eu vi o logo da NYPD e vi minha foto. Li "suspeito procurado por homicídio". Não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Ficou tudo muito confuso — disse ele à Associated Press.