Polícia descobre casa de luxo que pertence a chefe do tráfico no Jacarezinho
Imóvel de Chico Bento, quatro andares, tem piscina, área gourmet e sala de jogos
Em meio às casas simples da comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, uma imponente construção de quatro andares com itens de luxo se destaca.
A residência que destoa é de Adriano Souza de Freitas, o Chico Bento, de 39 anos, apontado em um relatório de inteligência da Secretaria de Polícia Civil como a maior “liderança solta” da região. Num vídeo, é possível ver alguns dos cômodos, como a área externa, com piscina e churrasqueira.
Chico Bento tem 14 anotações em seu Registro de Vida Pregressa (RVP), por crimes como homicídio, tortura, tráfico de drogas e associação para o tráfico e roubo, além de quatro mandados de prisão pendentes. Ele era um dos 55 criminosos procurados ontem, durante a chegada de policiais com o projeto Cidade Integrada, que começou pelo Jacarezinho.
A casa, descoberta por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), tem na área externa uma piscina, área gourmet com churrasqueira, pia e mantimentos. A ampla sala é dividida em área para televisão e de jantar, esta em frente à cozinha, construída em conceito aberto, com uma ilha e uma coifa. Nas escadas que dão acesso aos andares, corrimão de vidro e iluminação nos degraus.
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Em um ambiente ainda sendo mobiliado, mesa de jogos, uma bateria e outros itens como um patinete e uma cadeira gamer. Já no amplo banheiro da suíte, banheira de hidromassagem. As paredes da casa são texturizadas e o piso é de porcelanato.
A casa foi descoberta por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) durante a operação realizada ontem na comunidade, visando o Cidade Integrada, programa do governo que pretende levar segurança, saúde e infraestrutura para o local. Informações de inteligência das polícias apontam que criminosos, incluindo Chico Bento, fugiram para o Complexo da Penha, na Zona Norte. De lá, teriam ido para outra localidade, ainda na tarde de ontem.
Chico Bento foi preso pela última vez em abril de 2016, durante uma operação realizada por militares do Batalhão de Choque. Em março de 2018, ele ganhou direito ao regime semiaberto, saiu do Instituto Penal Edgard Costa e nunca mais retornou.
O documento, utilizado durante a operação Exceptis, quando 28 pessoas foram mortas, afirma que Chico Bento aliciava menores de idade para servirem de escudos para criminosos mais velhos: ”A estratégia baseia-se na impunidade, uma vez que os soldados das quadrilhas com menos de 18 anos, escudos para os bandidos mais velhos, estão sujeitos a medidas socioeducativas e não são encarcerados – o que é visto, obviamente, como vantajoso pelos chefes do crime”.