Boston

Polícia detém quase 100 e esvazia acampamento pró-Palestina em universidade de Boston

Os estudantes detidos no campus serão submetidos a "procedimentos disciplinares"

Corte federal de BostonCorte federal de Boston - Foto: Lauren Owens Lambert/AFP

Quase 100 manifestantes pró-Palestina foram detidos na manhã de sábado em um campus de Boston, Estados Unidos, e o acampamento foi esvaziado pela polícia, anunciou a Universidade Northeastern em um comunicado.

"Como parte da evacuação, quase 100 pessoas foram detidas pela polícia. Os estudantes que apresentaram o documento de identificação da Universidade Northeastern foram liberados (...) Aqueles que se negaram a comprovar o vínculo foram detidos", afirmou o centro universitário na rede social X.

A universidade destacou que, durante a noite de sexta-feira, os manifestantes proferiram "violentos insultos antissemitas".

Iniciadas na semana passada na Universidade de Columbia, em Nova York, as manifestações de apoio aos palestinos e contra a guerra travada por Israel na Faixa de Gaza se propagaram por vários campi americanos, da Califórnia à Nova Inglaterra (nordeste), passando pelo sul do país.

"O que começou há dois dias como um protesto estudantil foi infiltrado por organizadores profissionais sem ligação com a Universidade Northeastern", denunciou o centro de ensino de Boston, cidade histórica do nordeste dos Estados Unidos que também abriga a renomada Harvard.

Os estudantes detidos no campus serão submetidos a "procedimentos disciplinares", mas "não a medidas jurídicas", segundo o comunicado da universidade.

A reitoria da Universidade Columbia, epicentro do movimento, anunciou que desistiu de recorrer à Polícia de Nova York (NYPD) para esvaziar o acampamento instalado em seu campus para "não inflamar ainda mais a situação", mas afirmou que um dos líderes do movimento, Khymani James, foi proibido de entrar na área da universidade.

Em um vídeo divulgado em janeiro, James disse que "os sionistas não merecem viver".

"Cânticos, cartazes, provocações e postagens nas redes sociais de nossos próprios estudantes que ameaçam 'matar' judeus são totalmente inaceitáveis. Os estudantes de Columbia envolvidos em tais incidentes serão responsabilizados", afirmou a universidade.

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