Polícia do Quênia dispara gás lacrimogêneo contra manifestação não autorizada
Os manifestantes presentes neste reduto do líder da oposição Raila Odinga enfrentaram a polícia, batendo em panelas vazias e gritando "não temos farinha de milho"
A polícia queniana disparou gás lacrimogêneo nesta segunda-feira (27) em Nairóbi para dispersar uma manifestação da oposição convocada para protestar contra os efeitos da inflação, realizada apesar da proibição das autoridades.
Em Kibera, a maior favela da capital queniana, manifestantes atearam fogo em pneus e atiraram pedras contra as forças de segurança. A situação era calma no resto da cidade.
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Os manifestantes presentes neste reduto do líder da oposição Raila Odinga enfrentaram a polícia, batendo em panelas vazias e gritando "não temos farinha de milho", apurou um jornalista da AFP.
Muitos quenianos enfrentam problemas para comer por causa dos altos preços dos produtos básicos. A inflação atingiu 9,2% em fevereiro, segundo o governo, e soma-se à seca na região, que privou milhões de pessoas de recursos.
Raila Odinga manteve no domingo sua convocação para um protesto contra os efeitos da inflação, que acontece todas as segundas e quintas-feiras, horas depois que o chefe de polícia, Japhet Koome, formulou a proibição de aglomeração para esta segunda-feira.
Durante a campanha eleitoral de agosto passado, o presidente William Ruto se apresentou como o defensor dos oprimidos. No entanto, aboliu os subsídios ao combustível e à farinha de milho, um alimento básico.
Estes foram os primeiros incidentes notórios desde que Ruto assumiu o cargo há seis meses, após derrotar Odinga.