Rio de Janeiro

Polícia faz operação contra fraude na venda de ingressos para o Bondinho do Pão de Açúcar

Prejuízo chega aos R$ 150 mil em período de seis meses

Bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de JaneiroBondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro - Foto: Divulgação/Bondinho

Policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) realizam, nesta quinta-feira (8), uma operação contra um grupo de estelionatários acusados de vender ingressos para o Bondinho do Pão de Açúcar de forma fraudulenta. A ação tem como objetivo cumprir 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a guias de turismo em diversos bairros da capital fluminense.

As investigações indicam que o esquema já resultou, em apenas seis meses, em um prejuízo de R$ 150 mil para a concessionária que administra o ponto de turismo. Segundo a polícia, os integrantes da quadrilha abordavam turistas em diferentes áreas da cidade, como Copacabana e Ipanema, na Zona Sul, e no Centro.

— Eles ofereciam os ingressos em alguns pontos turísticos. A gente conseguiu identificar a escadaria Selarón, Praia de Copacabana, abordando esses turistas. Os ingressos são realmente verdadeiros, não são ingressos falsos porque eles foram adquiridos de forma fraudulenta com esses cartões de crédito. Mas são ingressos que foram utilizados para a entrada no parque do Bondinho do Pão de Açúcar — contou a delegada titular da Deat, Patrícia da Costa Araújo de Alemany, à TV Globo.

De acordo com as investigações, que tiveram início há três meses, os ingressos eram vendidos com valor 30% mais barato do que os disponíveis nos canais oficiais (diretamente no local e através do site). Câmeras de segurança do Bondinho registraram a ação dos suspeitos durante a compra dos tíquetes.

Segundo a Polícia Civil, o esquema é feito em duas etapas. Primeiro, os criminosos compram os ingressos pelo canal oficial de vendas, com a utilização de cartões de crédito clonados e furtados ou roubados. Depois, revendem aos turistas por preço abaixo do praticado pela empresa responsável pela comercialização do tíquete.

Dessa forma, quando o real titular do cartão identifica a compra não autorizada, entra em contato com a instituição financeira solicitando o estorno do valor. A quantia, então, acaba não sendo repassada para a administração do parque, que fica com o prejuízo referente ao ingresso.

"Quando a vítima que tinha o cartão roubado via o extrato com a compra do ingresso, ela reclamava com o banco, que estornava o valor. O Bondinho tinha que devolver o dinheiro. No entanto, o bilhete já havia sido usado. O Bondinho ficava no prejuízo e os guias lucravam 100%", contou a delegada.

A polícia ainda investiga como a quadrilha conseguia os cartões de crédito e se financiava o furto de cartões para usar no golpe. Agentes estiveram em endereços no Rio, alguns em condomínio de alto padrão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos celulares, notebooks e, em um dos alvos, um revólver calibre 38, segundo o "RJTV", da TV Globo.

Procurada, a assessoria de imprensa da Bondinho do Pão de Açúcar disse que o parque não se pronuncia sobre casos que estão em sigilo judicial.

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