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RIO DE JANEIRO

Polícia identifica adolescente suspeito de matar turista que entrou por engano em favela no Rio

Durante a investigação ficou constatado que traficantes que dominam a comunidade do Fontela estabeleceram norma para motoristas

Diely da Silva Maia, morta após o carro em que estava entrar por engano na comunidade da Fontela, em Vargem PequenaDiely da Silva Maia, morta após o carro em que estava entrar por engano na comunidade da Fontela, em Vargem Pequena - Foto: reprodução

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificou o autor do disparo que matou a turista Diely Silva: é um adolescente de 16 anos, segundo a unidade especializada. Ela morreu no último sábado, após o carro em que ela estava ser atacado por criminosos na comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, Zona Oeste do Rio.

Na ocasião, o motorista do veículo, que teria entrado por engano no local, ficou ferido. Ele foi atendido no Hospital municipal Lourenço Jorge e teve alta horas depois.

De acordo com a Polícia Civil, os investigadores identificaram o autor do disparo após uma operação nas comunidades do Fontela e do Coroado, realizada nesta segunda-feira.

Durante a apuração do assassinato, os agentes da DHC constataram que traficantes do Comando Vermelho, que dominam o Fontela, estabeleceram a norma de que os motoristas que trafegam pela região devem estar com vidros abaixados, luz interna acesa e alerta ligado.

Essa ordem foi imposta com o objetivo de se protegerem de uma possível investida de traficantes de facções rivais.

No dia do crime, o motorista do veículo em que Diely estava, que não é do município do Rio de Janeiro e não conhece a localidade, tentou acessar a Avenida Benvindo de Novaes por meio da comunidade do Fontela.

O adolescente, que é um dos responsáveis por desempenhar a função de segurança da facção, ao perceber a aproximação do automóvel com vidros fechados e sem alerta acionado, aatirou. O disparo atravessou o pescoço de Diely e atingiu as costas do motorista.

Após a ação criminosa, o adolescente fugiu para o Complexo da Penha, onde ficou escondido com apoio da chefia do CV. Contra ele, já há um mandado de busca e apreensão. As investigações seguem para apurar a participação de outros suspeitos no crime.

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