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Caso Lorena

Polícia indicia seis por homicídio e omissão na morte de trans pernambucana em incêndio em SP

Lorena Muniz tinha ido à clínica para colocar próteses nos seios

Lorena MunizLorena Muniz - Foto: Reprodução Instagram

A Polícia Civil de São Paulo indiciou seis pessoas apontadas como envolvidas na morte da cabeleireira transexual pernambucana Lorena Muniz, de 25 anos. As informações são do G1.

Lorena morreu no dia 17 de fevereiro, após um incêndio em uma clínica de estética, em São Paulo, onde iria colocar próteses de silicone. Ela sofreu asfixia ao inalar fumaça tóxica. 

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou ao G1 que quatro dos seis indiciados foram responsabilizados por homicídio doloso por dolo eventual - que é quando se assume o risco de matar apesar de não haver intenção.

Os outros dois indiciados responderão por omissão de socorro, uma vez que não ajudaram a vítima a escapar do fogo. 

Todos os indiciados poderão responder em liberdade.

O Ministério Público de São Paulo assume o caso e irá decidir se acusa ou não os indiciados pelos crimes.

A reportagem do G1 apurou que, entre os indiciados, estão diretores da Clínica Saúde Aqui, onde ocorreu o incêndio, e donos da Clínica Paulino Plástica Segura, em Taboão da Serra, que teria alugado o espaço para a operação de Lorena.

Entre os investigados, também estão uma pessoa da área médica e uma que é técnica em enfermagem.

Caso Lorena
Lorena Muniz foi a São Paulo para colocar silicone nos seios, um sonho. Ela foi em busca de um cirurgião conhecido por esse tipo de procedimento em Taboão da Serra.

A pernambucana deixou R$ 4 mil com a clínica. O combinado, segundo Washington Barbosa, o Tom Negro, marido de Lorena, foi pagamento de metade do valor antes do procedimento e da outra metade depois. 

No dia 17 de fevereiro, Lorena foi deixada sedada, inconsciente, na clínica, em meio a um incêndio, ocasionado por um curto-circuito. 

"O ar-condicionado pegou fogo, todos saíram correndo, ela ficou lá, inconsciente, sedada, inalando fumaça. Chegou a ficar por sete minutos inconsciente, e isso gerou um prejuízo para o oxigênio no cérebro dela, segundo os médicos", explicou Tom em publicação em rede social.

Ela chegou a ser socorrida para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde ficou internada em estado grave. Lorena não resistiu e teve a morte cerebral confirmada em 21 de fevereiro.

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