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EUA

Polícia investiga cartazes de executivos financeiros 'procurados' em Nova York após morte de CEO

Número de ameaças online contra empresários de alto nível também aumentou, segundo as autoridades

Cartaz com fotos de executivos em Nova YorkCartaz com fotos de executivos em Nova York - Foto: X/reprodução

O Departamento de Polícia de Nova York está investigando uma série de cartazes de “PROCURA-SE” de executivos seniores que foram espalhados por Manhattan. Os pôsteres incluíam imagens de líderes do setor de seguros, entre eles Brian Thompson, CEO do UnitedHealth Group Inc., a maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, que foi assassinado na última quarta-feira, bem como executivos financeiros da American Express Co. Goldman Sachs Group Inc., Bank of America Corp. e JPMorgan Chase & Co. Os cartazes de Thompson foram riscados com um X vermelho.

Esse é o mais recente desenvolvimento em uma série de incidentes que causam ansiedade entre os líderes empresariais após o ataque a tiros que matou Thompson. Além dos cartazes, a polícia está ciente de um aumento nas ameaças online contra executivos, de acordo com um porta-voz da polícia de Nova York.

Luigi Mangione, o jovem de 26 anos acusado do assassinato de Thompson, foi encontrado com um manifesto condenando os altos lucros do setor de saúde, dizendo que “esses parasitas simplesmente mereciam”.


Fontes policiais contaram à CNN que, quando foi detido, Mangione carregava um caderno, com três páginas escritas à mão, com uma lista de tarefas para cometer um assassinato e justificativas para o plano. Nas notas, o americano fazia menção a Theodore Kaczynski, conhecido como Unabomber, que ganhou notoriedade internacional após atacar civis com bombas caseiras de 1978 a 1995.

Segundo o detetive-chefe da polícia de Nova York, Joe Kenny, as anotações indicam que Mangione sabia que Brian Thompson participaria, no dia do crime, de uma conferência com investidores em Nova York e menciona que iria até o local. A polícia acredita que ele tenha mirado Brian Thompson como um ato simbólico contra o setor e o que criticava como "ganância corporativa".

A polícia de Nova York disse nesta quinta-feira que está atenta ao “risco de que uma ampla gama de extremistas possa ver Mangione como um mártir e um exemplo a ser seguido”, de acordo com um documento de segurança analisado pela Bloomberg.

“A retórica pode sinalizar uma ameaça elevada para os executivos em curto prazo", diz o texto.

Thompson estava participando de uma conferência para investidores no distrito comercial de Midtown quando foi morto. O crime ocorreu em frente ao hotel Hilton, em uma das áreas mais movimentadas do distrito de Manhattan, um centro turístico da cidade de Nova York.

O UnitedHealth Group é uma das maiores empresas de seguros de saúde dos Estados Unidos, com 440 mil funcionários. No terceiro trimestre do ano, a empresa faturou US$ 100,8 bilhões (R$ 610 bilhões).

Pai de dois filhos, Thompson estava na empresa há mais de 20 anos e dirigia desde 2021 sua subsidiária de saúde, a UnitedHealthcare, que conta com cerca de 140 mil funcionários e oferece planos de saúde a empregadores privados e pessoas seguradas por programas estatais como Medicare e Medicaid.

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