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CRIME

Polícia investiga morte de empresário francês a marteladas por falso engenheiro no Rio

Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, comprou uma casa para reformar e transformar em pousada

Rodolphe Jean-Claude Maurice JolyRodolphe Jean-Claude Maurice Joly - Foto: reprodução

A Polícia Civil do Rio investiga o latrocínio (roubo seguido de morte) sofrido pelo pedagogo e empresário francês Rodolphe Jean-Claude Maurice Joly, de 25 anos, dentro de uma casa que ele comprou para reformar e transformar em pousada, na Estrada Burle Marx, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com o inquérito da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o crime ocorreu entre 23h e 4h do dia 28 de agosto e foi cometido por um falso engenheiro contratado para realizar a obra e dois de seus funcionários. Contra Alessandro de Azevedo Monteiro e Thiago Mariano dos Santos Monteiro foram expedidos mandados de prisão temporária, e eles já são considerados foragidos.

Segundo o delegado Leandro Costa, assistente da DHC, Rodolphe viajava por diversos países havia alguns meses quando conheceu o Brasil e decidiu se instalar no Rio. Sozinho, comprou uma casa grande e antiga para fazer obras e adaptá-la para o novo negócio. Após tomar conhecimento de um anúncio feito por Alessandro, que se apresentava com engenheiro utilizando o registro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) de um profissional de São Paulo e proprietário da Athus Construindo Sonhos, os dois iniciaram as negociações.

Em 20 de julho, Rodolphe e Alessandro assinaram contrato para a execução da obra, nos 125 dias seguintes, que contemplaria construções de pavimentos, alterações de entrada e saída, instalações de rede elétrica, entre outros serviços, no valor total de R$ 180 mil. Após o pagamento de um terço do acertado (R$ 60 mil), entretanto, o estrangeiro e o suposto engenheiro passaram a ter divergências e o segundo parou de prestar o trabalho de empreiteiro ao francês.

Rodolphe decidira então ingressar com uma ação judicial contra Alessandro, contratando um advogado que acabou por descobrir que ele não era engenheiro e ainda possuía um histórico de crimes, tendo praticado golpes semelhantes com outras vítimas. Na delegacia, testemunhas relataram que, nessa ocasião, também ao perceber que o francês despendia altos montantes na obra e possuía bens de valor, ele teria planejado roubá-lo.

Na noite de 27 de agosto, Alessandro, Thiago e outro pedreiro já identificado teriam ido à casa de Rodolphe, amarrado-o e o agredido diversas vezes com um martelo, chegando a quebrar a ferramenta em sua cabeça. Os três saíram do local com celular, laptop e videogame da vítima, encontrada morta por vizinhos no dia seguinte. Os pertences foram recuperados logo depois com receptadores.

Na DHC, Alessandro negou o crime e disse que pegou os eletrônicos de Rodolphe como parte do pagamento, mas que os devolveria em seguida. Além de depoimentos de testemunhas, foram realizadas diligências por agentes da delegacia e cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos.

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