Violência

Polícia prende cinco suspeitos pela morte de torcedor do Santa Cruz; caso ocorreu em fevereiro

Dois suspeitos seguem foragidos

Polícia prende cinco suspeitos pela morte de torcedor do Santa Cruz, em fevereiro deste anoPolícia prende cinco suspeitos pela morte de torcedor do Santa Cruz, em fevereiro deste ano - Foto: Reprodução

A Polícia Civil confirmou, na manhã desta quarta (12), a prisão de cinco suspeitos pela morte de Rafael Tavares, torcedor do Santa Cruz vítima de um ataque de torcedores uniformizados do Sport, em fevereiro deste ano. 

A autuação faz parte da Operação Emboscada, vinculada ao Comando de Operações e Recursos Especiais (Core), sob a presidência dos Delegados Raul Carvalho e Paulo Moraes, Titular e Adjunto da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva (Dprie), respectivamente.

Delegado da Delegacia de Polícia e de Repressão à Intolerância Esportiva, Raul Carvalho, e Gestor do Core, Antônio BarrosDelegado da Delegacia de Polícia e de Repressão à Intolerância Esportiva, Raul Carvalho, e Gestor do Core, Antônio Barros | Foto: Yuri Costa/ Folha de Pernambuco.

 

Na operação, a Polícia emitiu sete Mandados de Prisão, dos quais conseguiu cumprir cinco. A corporação também cumpriu seis Mandados de Busca e Apreensão.

Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de Homicídio Qualificado, Associação criminosa e por promover tumulto.

A maioria dos investigados tem passagem por crimes ligados à intolerância esportiva.

O caso aconteceu dois dias antes do ataque da, também, Torcida Uniformizada do Sport ao ônibus do Fortaleza, em partida válida pela Copa do Nordeste.

De acordo com o Delegado Raul, o fato comprova que esse tipo de violência está sendo premeditado.

"Isso está mostrando que não é uma situação orgânica, que, ao acaso, as pessoas se encontram e se confrontam. Realmente, a gente está vivendo um momento que essas pessoas têm se reunido, tem se organizado e tem buscado esse ataque, porque dois dias antes você comete lesões corporais, que a vítima vem a falecer, e dois dias após tem um ataque ao ônibus, então não é uma situação normal", apontou.

Raul também indicou quais serão os próximos passos da investigação.

"A gente está buscando individualizar as condutas das pessoas, colher mais elementos para a gente conseguir buscar indentificar o máximo de pessoas que participaram do homicídio de Rafael", garantiu.

Relembre o caso
Rafael Tavares da Silva, de 31 anos, foi morto após o jogo entre Santa Cruz x Afogados, no dia 19 de fevereiro deste ano.

Na ocasião, a vítima estava no ônibus da linha PE-15/Afogados, voltando da partida, quando ela e outros passageiros foram surpreendido por integrantes da Torcida Organizada do Sport.

Rafael não conseguiu correr com as demais pessoas e acabou sendo espancado por vários autores.

A vítima ainda chegou a ser socorrida e levada ao Hospital da Restauração, porém veio a falecer quatro dias após o crime.

Rafael tinha autismo e, de acordo com a polícia, não integrava nenhuma torcida organizada.

Ele costumava ir aos jogos do Tricolor e sempre voltava sozinho das partidas. O rapaz morava no bairro da Mustardinha, onde era bastante querido.

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