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Polícia russa abre investigação preliminar sobre caso Navalny

Familiares do opositor russo afirmam que ele foi vítima de envenenamento

Alexei Navalny, opositor de Vladmir Putin.Alexei Navalny, opositor de Vladmir Putin. - Foto: Reprodução / Facebook

A polícia russa anunciou nesta quinta-feira (27) que iniciou uma "análise preliminar" do caso do líder opositor Alexei Navalny, provável vítima de um envenenamento segundo os médicos que o atendem em Berlim, uma pista descartada até o momento por Moscou.

Os investigadores iniciaram "análises preliminares vinculadas à hospitalização de Alexei Navalny em 20 de agosto em Omsk", uma cidade da Sibéria, e recolheram objetos, que podem ter valor de provas, anunciou em um comunicado o departamento regional do ministério russo do Interior. A nota afirma que "todas as circunstâncias" serão examinadas para a decisão sobre a abertura ou não de um processo criminal.

Navalny, 44 anos, reconhecido por investigar a corrupção da elite russa e do entorno de Putin, sentiu um forte mal-estar na semana passada quando viajava de avião de Tomsk, na Sibéria, a Moscou. A aeronave fez um pouso de emergência para que o ativista fosse internado urgentemente em um hospital de Omsk.

O quarto de hotel em que ficou hospedado em Tomsk, cidade em que foi envenenado, de acordo com sua equipe, também foi alvo de busca, "assim como as imagens das câmeras de segurança", segundo o comunicado.

Nalvany foi transferido para Berlim após dias de grande tensão com o governo russo. Ele permanece internado em estado grave, em coma induzido, mas sua vida não corre mais perigo.

Os médicos alemães afirmaram que ele foi intoxicado por "uma substância do grupo dos inibidores da colinesterase", mas sem precisar qual. 

O Kremlin rejeitou o termo envenenamento e considerou apressadas as conclusões dos médicos médicos alemães."Estamos em total desacordo com as diversas formulações precipitadas que são utilizadas para afirmar que há uma elevada probabilidade de envenenamento", afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin, na quarta-feira. 

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