Policiais envolvidos em ação que vitimou menina de seis anos são afastados de Porto de Galinhas
Anúncio foi feito pelo secretário de Defesa Social, Humberto Freire, em coletiva nesta quarta-feira (6)
Após o encontro desta quarta-feira (6), entre o governador Paulo Câmara e a família da menina Heloysa Gabrielle, morta durante operação policial em Porto de Galinhas, foi decidido o afastamento dos policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais), envolvidos na operação.
O anúncio foi feito pelo secretário de Defesa Social, Humberto Freire, em coletiva no Palácio do Campo das Princesas, no início da noite. De acordo com o secretário, como o Bope é uma unidade que normalmente fica aquartelada, os policiais foram apenas retirados da operação na região, mas seguirão para outra localidade.
“Os policiais que estavam na ocorrência precisam realmente passar por todas as oitivas necessárias e o comando da polícia já retirou da atuação naquela localidade. As investigações prosseguem, não só nesse inquérito (PM), mas na Polícia Civil, onde serão ouvidos e também na Corregedoria. [...] Naquela localidade, onde há um emprego, eles já foram retirados daquela operação”, afirmou.
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Perguntado sobre possíveis novas punições aos policiais, o secretário afirmou ser "possível”, mas a depender do posicionamento da Corregedoria e a presença de "requisitos legais”.
“O afastamento cautelar é possível, de acordo com alguns requisitos legais, caso a Corregedoria faça a representação e estejam presentes os requisitos legais", disse.
Também na coletiva, o secretário detalhou o encontro entre o governador, as demais autoridades e a família de Heloysa. De acordo com Humberto Freire, três investigações estão em andamento, com o objetivo de concluir o mais rápido possível para apresentar o resultado á Justiça.
“Está sendo investigada a dinâmica dos fatos, com investigações na Polícia Civil, um inquérito policial militar na própria Polícia Militar e uma investigação aprofundada, séria, célere, na Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social. [...] Nós temos 30 dias para concluir esse inquérito, mas a determinação é que seja o quanto antes, para que possamos realmente reconstruir a dinâmica de fatos e apresentar ao sistema de Justiça o resultado dessas investigações", disse.