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Tensão internacional

Polônia pode dar armas para a Ucrânia, diz primeiro-ministro

Declaração foi dada hoje na Conferência de Segurança de Munique

Foto: Christian Hartmann/Pool/Reuters

A Polônia está pronta para ajudar Kiev com mais armas defensivas, afirmou hoje (19), em Munique, o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki, após as tensões sofrerem uma escalada em torno do impasse entre a Ucrânia e a Rússia.

"Estamos prontos para fornecer mais armas defensivas… armas que devem ser usadas para defender o território (da Ucrânia), defender cidades, defender pessoas, locais que enfrentam agressões do exército russo", disse Morawiecki, em entrevista coletiva.

Ucrânia desmente relatos
Relatos de que a Ucrânia está bombardeando regiões controladas por separatistas apoiados por Moscou e dentro da fronteira russa são "puras mentiras", disse o presidente da Ucrânia neste sábado, acrescentando que seu país não responderá a provocações.

O presidente Voldymyr Zelenskiy esteve com autoridades de segurança do Ocidente na Conferência de Segurança de Munique,  em meio a relatos de explosões dentro do território russo ao leste da Ucrânia e nas regiões separatistas da Ucrânia.

"O que foi mostrado nos territórios temporariamente ocupados, algumas bombas supostamente voando do nosso lado, algumas voando até Rostov, são puras mentiras", disse.  "Eles estão explodindo algo no lado deles."

Zelenskiy pediu que os países ocidentais não esperem uma possível invasão russa para impor sanções à Rússia. A Rússia, que acumulou 150 mil soldados nas fronteiras com a Ucrânia, afirmou que, para sua própria segurança de longo prazo, precisa de um compromisso de que Kiev nunca se juntará à aliança militar da Otan - Organização do Tratado do Atlântico Norte.

No entanto, líderes de países ocidentais, que acreditam que a Rússia está preparando uma possível invasão à Ucrânia, disseram que os russos enfrentariam severas consequências se atacassem, alertando Moscou contra tentativas de remodelar as fronteiras da Europa.

A Ucrânia e membros da Otan recusaram descartar a possibilidade de Kiev um dia se juntar à aliança, embora poucos esperem que isso ocorra em breve.

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