EXIGÊNCIA

Pomadas modeladoras: Anvisa passa a exigir que empresas incluam advertência sobre riscos em rótulos

A decisão inicial de interditar todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos foi adotada devido ao aumento de casos de cegueira temporária

AnvisaAnvisa - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As novas regras determinadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para regularização, comercialização e uso de pomadas capilares passam a valer nesta sexta-feira, 15. As condições são temporárias e tratam sobre requisitos para circulação dos produtos e advertências às fabricantes. A decisão inicial de interditar todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar cabelos foi adotada em fevereiro devido ao aumento de casos de cegueira temporária.

Segundo a resolução, a regularização de novos produtos cosméticos destinados a fixar ou trançar o cabelo se dará mediante registro desde que a forma física declarada seja "pomada" e/ou contenham o termo "pomada", mesmo que em outros idiomas, no nome. A embalagem deve conter indicação de modo de uso e orientações sobre possíveis riscos.

Além disso, o pedido de registro produtos devem conter formulação com a concentração inferior a 20% de álcoois etoxilados, avaliação de segurança cutânea e ocular, avaliação da empresa titular atestando a segurança da pomada, cópia da licença sanitária vigente e outros documentos.

A nova regulação revoga a antiga interdição cautelar, mas, mesmo assim, a Anvisa reforça proibição da fabricação e comercialização de produtos que não estejam devidamente registrados ou na lista de pomadas autorizadas, que conta com 400 produtos.

Pomadas capilares e reações adversas
As pomadas têm estado na mira do órgão desde o início do ano, quando começou a suspender determinadas marcas após queixas ligadas à intoxicação ocular, como cegueira temporária, forte ardência da região, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça, especialmente após o contato com a água, como durante o banho ou em praias e piscinas. Em fevereiro, decidiu interditar todos os produtos vendidos no Brasil.

A medida, com caráter preventivo, veio após 27 produtos de fabricantes específicas terem sido suspensos enquanto a agência investiga diferentes formas de lesão nos olhos, como cegueira temporária e forte ardência da região, consequentes do uso.

Com o avanço das investigações, em março, foi publicada a nova medida cautelar, que decidiu manter fora do mercado apenas os produtos específicos ligados aos efeitos graves e aqueles com concentração de Ceteareth-20 maior ou igual a 20%, um emulsionante utilizado em cosméticos que foi associado a um risco maior de intoxicação ocular.

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