RIO DE JANEIRO

Ponto a ponto: veja trajeto feito pelos suspeitos na madrugada do assassinato de professora no RJ

Vitória Romana Graça, de 26 anos, passou dez horas na mão de criminosos até ser encontrada morta, por volta das 7h do dia 11 de agosto

A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi morta, e seu corpo foi encontrado carbonizado A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, foi morta, e seu corpo foi encontrado carbonizado  - Foto: Reprodução/Instagram

Em depoimento, o terceiro suspeito de envolvimento no crime que matou a professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, afirmou que o sequestro e tortura da vítima começaram por volta das 21h do dia 10 de agosto.

No entanto, a premeditação do assassinato começou horas antes, quando Paula Custódio Vasconcelos esteve na Escola municipal Oscar Thompsom, em Santíssimo, ao lado de seu irmão para convencer Vitória a ir a sua casa mais tarde naquele dia.

A visita à escola — sob o pretexto de tentar entender o término da professora com sua filha, uma adolescente de 14 anos — foi, segundo Edson Alves Viana Junior, o primeiro passo para a extorsão e homicídio de Vitória. Os dois estiveram no local por volta das 14h30 e permaneceram com a vítima por cerca de 30 minutos.

Edson e Paula, então, voltam para a casa da mãe da adolescente, na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, onde aguardam a chegada da professora ao fim do trabalho. Quando Vitória chega à residência, é imediatamente imobilizada pelos irmãos e pela jovem com quem teve um relacionamento de quatro meses. De acordo com o relato de Edson à polícia, a vítima é levada para um dos quartos do primeiro andar do imóvel e presa com fitas adesivas em uma cadeira.
 

Após uma série de transferências via PIX feitas pelo aplicativo bancário da vítima, Paula deixa sua casa acompanhada da filha e vai à residência de Vitória, em Campo Grande, para furtar pertences da vítima. O horário da saída não foi informado por Edson durante a oitiva. No entanto, por volta de 2h, Paula passa em uma mercearia na comunidade onde mora para realizar pagamentos com o dinheiro obtido por meio da conta bancária de Vitória.

Quando retorna da residência da vítima, com roupas de cama, botijão de gás, panelas e produtos de beleza, Paula liga para a mãe de Vitória, às 5h, com o intuito de conseguir mais dinheiro. Porém, ao perceber que não conseguiria, pega uma corda e, com a ajuda de seu irmão, estrangula a professora.

Logo após, Paula, com ajuda da filha e de Edson, coloca o corpo da vítima numa mala de viagem e leva para o porta-malas do carro da mulher. Os três, então, embarcam no carro com o intuito de desovar o corpo em algum lugar. Nas proximidades da comunidade, na Avenida Santa Cruz, em Bangu, os três fazem uma parada para comprar gasolina. Para isso, levam uma garrafa PET de dois litros.

Depois disso, seguem para a Praça Damasco, em Senador Camará, onde deixam a mala, jogam a gasolina no corpo da vítima e colocam fogo, por volta das 7h. Quando as chamas já estavam altas, os três voltam para o veículo da professora e seguem para uma farmácia na Rua Figueiredo Camargo, em Padre Miguel. Lá, fazem saques do dinheiro transferido da conta da vítima em um caixa eletrônico 24 horas.

Com R$ 1,2 mil sacado, Paula tenta vender o carro de Vitória. Mas, sem êxito, o abandona estacionado na Rua Sul América, em Padre Miguel.

 

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