População de Gaza 'morre de fome', denuncia OMS
Ajuda humanitária é limitada pelo Exército israelense
A população da Faixa de Gaza "morre de fome" devido às limitações impostas à ajuda humanitária, denunciou nesta quarta-feira (31) um funcionário de alto escalão da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"É uma população que morre de fome. É uma população que está à beira do abismo", declarou o diretor do programa de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan, durante uma entrevista coletiva em Genebra.
Leia também
• Criação de emprego no setor privado dos EUA arrefece em janeiro
• Tráfego no Mar Vermelho caiu 30% após ataques huthis, segundo FMI
• Com Xepa sem comida, Yasmin sugere comer do VIP para gerar punição do "Tá com nada"
"Os palestinos de Gaza estão imersos em uma enorme catástrofe", mas "se me perguntarem se a catástrofe pode se agravar, sim, completamente", afirmou, reforçando que os "civis de Gaza não são parte do conflito e devem ser protegidos, bem como as instalações de saúde".
O confronto eclodiu no dia 7 de outubro, com o ataque dos comandos do Hamas que mataram cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, e sequestraram em torno de 250 pessoas no sul de Israel, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.
A ofensiva lançada por Israel com o objetivo de "aniquilar" o grupo islamista palestino deixou ao menos 27 mil mortos, majoritariamente mulheres, crianças e adolescentes, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007.