Meio Ambiente

Por que as orcas não são baleias nem assassinas?

Cetáceos, assim como os golfinhos, mamíferos marinhos não estão relacionados a nenhum ataque fatal a humanos na natureza

Animais pedradores, as orcas não costumam atacar humanos Animais pedradores, as orcas não costumam atacar humanos  - Foto: Reprodução

Conhecidas como baleias assassinas, as orcas (Orcinus orca) não são nem propriamente baleias nem tampouco assassinas de pessoas. Esses mamíferos marinhos são cetáceos com dentes parentes dos golfinhos, e, junto com eles, consideradas os animais mais inteligentes do mundo depois do ser humano. A denominação popular de baleia alude ao tamanho do animal e inclui dezenas de espécies, além das orcas.

Não existem registros de ataques fatais de orcas a pessoas na natureza. Os casos conhecidos aconteceram em cativeiro, em situações consideradas extremamente estressantes para esses mamíferos marinhos.

Segundo a ONG Conservação de Baleias e Golfinhos (WDC, na sigla em inglês), a expressão baleia assassina (killer whale, em inglês) se originou do apelido de assassina de baleias (whale killer), dado por antigos navegantes que observaram orcas caçando baleias.

As orcas são as maiores integrantes da família dos golfinhos. Em geral, alcançam oito metros de comprimento, mas já foi registrada uma orca de 9,8 metros e dez toneladas. Seus dentes podem medir dez centímetros e o formato de seu corpo as tornam hidrodinâmicas. Estão entre os mamíferos marinhos mais rápidos e alcançam mais de 55km/h. A característica cor preta e branca funciona como disfarce nos mares, o que auxilia nas caçadas.

Elas existem em todos os oceanos e são criaturas extremamente sociais. Formam grupos unidos, que se comunicam de forma complexa. Há até sotaques regionais.

No mundo das orcas tudo gira em torno das fêmeas. Os grupos quase sempre são matriarcados, comandados por fêmeas na pós-menopausa, as avós. Comem de tudo de aves marinhas a grandes baleias. Usam estratégias variadas de caça. Alguns grupos fazem peixes de isca para pegar aves e outros aprenderam a encalhar e desencalhar na praia para capturar leões marinhos.

— Elas são as rainhas dos mares. Estão no topo da cadeia alimentar. São superpredadores e nem os tubarões são páreo para elas. Na Califórnia, quando as orcas chegam, os grandes tubarões brancos vão embora. Mas, não veem os seres humanos como presas — enfatiza José Lailson Brito Junior, oceanógrafo e um dos coordenadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua) da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Tubarões, lulas, pinguins, leões marinhos e até veados e alces que se aventuraram a nadar em águas com orcas fazem parte do cardápio delas. No mar, as orcas não têm um único predador natural. Seu único inimigo é o ser humano.

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