SAÚDE

Por que não se deve estalar o pescoço? Médico explica os perigos do ato "relaxante"

Especialista aponta para as possíveis consequências de fazer movimentos bruscos na região

Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

A sensação de prazer de estalar o pescoço ao fim de um longo dia é, na verdade, um perigo para a saúde. É que explica em um vídeo o médico Ever Arias, formado pela Loyola University Chicago Stritch School of Medicine e residente no UCI Medical Center, nos EUA, o simples ato pode distender um músculo e até mesmo gerar uma fratura na região de maior contato com a cabeça.

Caso real
Para ilustrar o que pode acontecer, o especialista ilustra o conselho com a história de uma paciente de 20 anos atendida por ele. A jovem foi encaminhada ao hospital após estalar o pescoço por duas vezes seguidas, pois começou a sentir uma dor muito forte.

— Ela entrou na sala de emergência depois de ser atendida e examinada. Descobrimos que ela tinha uma fratura por compressão cervical. Basicamente descobriu-se que ela tinha um diagnóstico de síndrome de hipermobilidade e por isso tinha muita mobilidade na área. O que aconteceu é que ela acabou flexionando um pouco demais o pescoço e começou a ter fratura por compressão — explica o médico no vídeo, que já acumulou mais de 4 milhões de visualizações.

Além disso, ele acrescenta que outros problemas podem surgir a partir do ato de estalar esta região do corpo. Como nos casos de pessoas que procuram o seu atendimento após sofrerem um derrame manuseando incorretamente os movimentos, o que leva a uma dissecção da artéria vertebral.
 

— Eu mesmo nunca tento estalar minhas juntas do pescoço. Porque geralmente isso pode levar a um dano colateral. Também pode causar sua própria dissecção ou outros tipos de ferimentos em vasos sanguíneos na estrutura do pescoço — alerta Arias.

Antes da narração com a explicação do médico, uma mulher comenta como pensava que estalar a região com as mãos não seria problema até um dia ir longe demais.

— Eu "quebrei" meu pescoço com as minhas próprias mãos e passei as primeiras duas semanas da universidade utilizando colar cervical — relata nas imagens.

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