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PANDEMIA

Por vacinação, rodoviários também param ônibus no Centro do Recife na manhã desta quinta

Ônibus parados na Ponte Duarte Coelho, no Centro do RecifeÔnibus parados na Ponte Duarte Coelho, no Centro do Recife - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

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Dezenas de rodoviários fizeram paralisação na manhã desta quinta-feira (20) no Centro do Recife. Os ônibus ficaram parados durante quase quatro horas, das 6hh30 às 10h, em ao menos três pontos: na Avenida Guararapes, na Ponte Duarte Coelho e na Avenida Conde da Boa Vista. 

Os rodoviários pedem a antecipação da categoria na vacinação contra a Covid-19. A paralisação ocorre no mesmo em dia que os metroviários também interrompem o serviço reivindicando o mesmo pleito.

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Segundo o representante da Associação dos Beneficiários Independente dos Rodoviários de Pernambuco, Genildo Pereira, a paralisação teve início às 6h30 e se estendeu até que uma comissão dos trabalhadores fosse recebida no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo do Estado. De acordo com Pereira, o encontro ocorreu por volta das 10h, com o agendamento de uma nova reunião prevista para a próxima segunda-feira (24). 

“São os rodoviários que saem na madrugada para transportar o usuário para o seu trabalho, para suas residências, para as UPAs. E  categoria rodoviária já teve 85 óbitos devido à Covid. Até quando vamos ter nossos companheiros de trabalho expostos nessa situação?”, questionou o representante da associação.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, também declarou apoio à paralisação. “O sindicato tem total apoio a esse movimento que é uma pauta para toda a categoria. Então, integralmente, a gente concorda com a paralisação”. Segundo o presidente, havia a expectativa de que a vacinação da categoria iniciasse em maio.

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria da Casa Civil, confirmou, em nota, que a comissão formada por rodoviários foi recebida nesta quinta-feira (20), no Palácio do Campo das Princesas, pelo secretário-executivo de Coordenação Estratégica, Adilson Gomes Filho. “Durante a reunião, os rodoviários solicitaram a antecipação da categoria no calendário de vacinação contra a Covid-19. O pleito será encaminhado ao Comitê Socioeconômico de Enfretamento ao Coronavírus, para análise e eventual deliberação”, informou o texto.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que a pasta tem avançado nos planos nacional e estadual de vacinação contra a Covid-19 de acordo com a disponibilidade de doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde (MS), responsável pela aquisição e envio aos Estados.

O órgão reforçou, ainda, que trabalhadores do transporte coletivo fazem parte dos grupos prioritários e que serão contemplados com a proteção. Contudo, ratificou que isso dependerá da entrega de mais vacinas pelo órgão federal.

Também por meio de nota, a Urbana-PE, sindicato que representa a classe patronal das empresas de ônibus, lamentou o que classificou como "atitude irresponsável das lideranças rodoviárias ao promover mais uma interrupção do serviço de ônibus". 

A entidade afirmou que mantém contato com o Governo do Estado para viabilizar o início da imunização da categoria. Confira a nota da Urbana-PE na íntegra:

A Urbana-PE lamenta a atitude irresponsável das lideranças rodoviárias ao promover mais uma interrupção do serviço de ônibus. Ao contrário do praticado pelos metroviários, o movimento ocorre no horário de pico e sem qualquer comunicação prévia, surpreendendo o setor e demonstrando total falta de compromisso com a população. 

A Urbana-PE reitera que concorda com a priorização da categoria dos trabalhadores rodoviários na vacinação contra a Covid-19, que já consta como prioritária no PNI. A entidade vem mantendo contato com autoridades do Governo do Estado e prefeituras da RMR desde o início da vacinação, com vistas a viabilizar o início da imunização da categoria. O governo já informou que aguarda a chegada de novas doses e o avanço da vacinação das pessoas com comorbidades para poder contemplar os rodoviários.

Lembramos ainda que apenas em 2020 os rodoviários promoveram 16 paralisações totais ou parciais do serviço, a maioria sem comunicação prévia e de forma totalmente arbitrária. Essa postura é inaceitável e segue causando transtornos à população e prejuízos à economia local.

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