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Portugal não está pronto para reconhecer Estado palestino

Os dois líderes condenaram o ataque do Irã a Israel com drones e mísseis no último fim de semana e pediram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza

PortugalPortugal - Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

Portugal ainda não está pronto para reconhecer o Estado palestino sem uma posição estabelecida na União Europeia (UE), afirmou nesta segunda-feira (15) o novo primeiro-ministro português em Madri, após se reunir com o presidente do governo espanhol, que defende o reconhecimento.

O espanhol Pedro Sánchez, que visitou vários países nos últimos dias em busca de apoio, reiterou que planeja reconhecer o Estado palestino nos próximos meses, seja junto com outras nações ou sozinho.

No entanto, o português Luís Montenegro, que assumiu como premiê em março, disse que seu governo aguardará que a UE e a ONU cheguem a uma posição sobre o assunto antes de avançar.

"Não vamos tão longe como outros governos ainda no que diz respeito a um reconhecimento do Estado da Palestina porque sustentamos que esse entendimento deve ser construído num âmbito multilateral, no seio da União Europeia e no seio da Organização das Nações Unidas", declarou Montenegro em coletiva de imprensa conjunta em Madri com Sánchez.

Os dois líderes condenaram o ataque do Irã a Israel com drones e mísseis no último fim de semana e pediram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

"Os eventos deste fim de semana nos reafirmam no que temos defendido há meses", disse Sánchez. "Diante de nós, há dois caminhos: um leva a uma escalada bélica que pode nos levar ao abismo e o outro passa por exigir um cessar-fogo a todas as partes para iniciar imediatamente um processo de paz", acrescentou.

"A comunidade internacional levou muito tempo para reconhecer o Estado palestino e a comunidade internacional não poderá ajudar os palestinos se não reconhecer sua existência", argumentou.

Em 22 de março, a Espanha emitiu um comunicado com Irlanda, Malta e Eslovênia à margem de uma cúpula de líderes da UE, no qual indicam que estão "prontos para reconhecer a Palestina", o que acontecerá quando "as circunstâncias forem corretas".

Durante sua visita à Jordânia, Arábia Saudita e Catar no início do mês, Sánchez afirmou que a Espanha poderia reconhecer oficialmente o Estado da Palestina até o fim de junho.

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