Potências críticas no Irã por reforço da produção de urânio enriquecido
Irã manifestou ontem que não havia "nada de novo"
Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido condenaram, nesta quinta-feira (28), a atualização da produção de urânio enriquecido pelo Irã, destacada em um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado há dois dias.
“Condenamos essa medida, que agrava ainda mais a escalada contínua do programa nuclear iraniano”, declararam os países, em comunicado conjunto. “A produção de urânio altamente enriquecido pelo Irã não tem uma justificativa civil crível”.
Segundo a agência da ONU, o Irã “aumentou sua produção de urânio altamente enriquecido nas últimas semanas, depois de ter diminuído o ritmo desde meados de 2023”.
“Esses fatos específicos um passo do Irã na direção errada, resultando na triplicação de sua produção mensal de urânio enriquecido a 60%”, denunciaram em seu comunicado Washington, Paris, Berlim e Londres.
“Essas decisões mostram a falta de vontade do Irã de se envolver em uma desescalada de boa-fé e ilustram um comportamento irresponsável em um contexto de tensão regional”, criticaram os quatro países.
O Irã manifestou ontem que não havia “nada de novo” no relatório da AIEA.
Leia também
• Reservas de urânio enriquecido do Irã estão 22 vezes superiores a limite acordado, diz AIEA
• Munições de urânio empobrecido, um armamento perfurante e polêmico
• EUA incluem controversas munições de urânio empobrecido em novo pacote de US$ 1 bilhão à Ucrânia
"Estávamos produzindo a mesma taxa de enriquecimento a 60%. Não mudamos nada e não desenvolvemos novas capacidades", afirmou o chefe da Organização de Energia Atômica Iraniana, Mohamad Eslami, citado pela agência oficial Irna.
Veja também
Ucrânia pede sistemas de defesa para enfrentar novos mísseis russos
