Potências ocidentais dão mais tempo para Ucrânia pagar suas dívidas
Adiamento, que incia em agosto, tem previsão para até o final de 2023, com possibilidade de um ano adicional
Um grupo de países ocidentais, entre eles França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Reino Unido, concordo, nesta quarta-feira (20), em adiar o pagamento de juros da dívida ucraniana, uma reivindicação de Kiev, e pede que outros credores façam o mesmo.
"Nessas circunstâncias excepcionais, e em reconhecimento aos resultados exemplares da Ucrânia em termos de serviço de sua dívida até o momento, os membros do grupo de credores da Ucrânia apoiam a petição" de Kiev, afirmaram em um comunicado conjunto os Estados integrantes.
Criado no contexto da guerra, o grupo suspenderá o serviço da dívida ucraniana a partir de agosto e até, pelo menos, o final de 2023, "com a possibilidade de um ano adicional", explicaram.
Essa suspensão pode permitir que a Ucrânia poupe ao menos três bilhões de dólares em dois anos, de acordo com um cálculo da agência Bloomberg.
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A economia ucraniana afundou no começo do conflito e, segundo estimativas de junho do Banco Mundial, pode perder 45% de seu Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
Kiev pediu nesta quarta-feira a seus credores o adiamento dos pagamentos para destinar os "recursos a gastos prioritários relacionados à guerra", segundo um comunicado do Ministério das Finanças da Ucrânia publicado nesta quarta.
O acordo foi assinado pelos cinco países citados mais outros 15 que integram esse grupo com o título de "observadores", já que apoiam a iniciativa, porém, até então não têm dívida ucraniana.
"Encorajamos encarecidamente outros credores para que alcancem um acordo rápido com a Ucrânia para suspender o serviço da dívida", concluiu o grupo.