Pouca movimentação na praia de Piedade um dia depois do ataque de tubarão
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No dia seguinte ao ataque de tubarão que resultou na morte de um homem, na praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, praticamente ninguém se aventurou a entrar na água no local do incidente. Durante o período de cerca de uma hora que a reportagem da Folha ficou no local, neste domingo (11), algumas crianças e homens foram até a beira do mar molhar os pés e logo saíram.
A movimentação na faixa de areia também estava fraca. A recepcionista Riane Maria, 23, aproveitou o dia de folga para curtir a praia com o filho Guilherme, 1 ano, e a amiga Monalisa Gomes, 21. Riane conta que antes mesmo do ataque já evita entrar no mar. "O medo é constante. Por isso, alugo uma piscininha artificial para meu filho se refrescar", falou.
Trabalhando há mais de 20 anos na praia de Piedade, o vendedor de espetinho Laércio Francisco da Silva, 63 anos, conta que já presenciou 14 ataques de tubarão no local. "As pessoas ficam com medo, mas depois de um tempo esquecem e voltam a entrar no mar", fala. Laércio disse ainda que nos dias seguintes aos incidentes o fluxo de pessoas caem e consequentemente as vendas também diminuem. "A gente já vem de um período complicado por conta da pandemia e agora acontece esse ataque. Não está sendo fácil", lamenta.
Neste domingo três guarda-vidas fazem o trabalho preventivo e de orientação na praia de Piedade. Antes mesmo dos banhistas entrarem no mar, eles são abordados e orientados sobre o perigo da área.