Prédio do INSS, no Centro do Recife, é ocupado por famílias sem-teto
Cerca de 150 famílias que integram o Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT) ocuparam, na manhã desta segunda-feira (17), o prédio Segadas Vianna, localizado no bairro de Santo Antônio, na região central do Recife. O edifício desativado pertence ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em nota oficial, o INSS afirmou que as polícias federal, civil e militar foram acionadas. “A Procuradoria vai atuar para pedir a reintegração de posse”, afirma o comunicado enviado à imprensa
Segundo Jean Carlos Costa, coordenador do MLRT, o objetivo do grupo é negociar junto ao Governo Federal melhores condições de moradia para as famílias alojadas no local. Com uma faixa instalada no lado de fora do prédio, a ocupação leva o nome do ativista pelos direitos urbanos Leonardo Cisneiros, que faleceu em abril deste ano.
“Com as últimas chuvas, muitas dessas famílias perderam tudo. Outras, por causa da pandemia, não estão conseguindo manter os seus aluguéis. Tendo em vista que esse prédio está há 19 anos vazio, sem nenhuma função social, resolvemos ocupá-lo nesta madrugada”, afirma o coordenador.
De acordo com o INSS, o imóvel vem sendo alvo de recorrentes ataques de vandalismo e depredação. A instituição afirma ainda que contratou uma empresa especializada em engenharia para a execução de instalação de bandejas e telas de proteção para evitar queda de elementos da fachada do imóvel e fechamento de todos os acessos para evitar invasões.
Confira a nota do INSS na íntegra:
O INSS informa que o prédio Segadas Vianna, localizado na Rua Marquês do Recife, nº 32, foi invadido na manhã desta segunda-feira (17) por integrantes do Movimento de Luta e Resistência pelo Teto (MLRT). A Polícia Federal foi acionada, bem como as polícias civil e militar. A Procuradoria vai atuar para pedir a reintegração de posse.
O prédio vem sendo, há muitos anos, alvo de recorrentes ataques de vandalismo e depredação. Apesar das providências adotadas em todas as ocorrências, hoje, pela manhã, o muro que protegia as instalações foi derrubado e a área passou a ser ocupada por representantes do MLRT.
O INSS contratou empresa especializada em engenharia para a execução de instalação de bandejas e telas de proteção para evitar queda de elementos da fachada do imóvel e fechamento de todos os acessos para evitar invasões.
Em julho do ano passado, houve notificação à Polícia Federal sobre os eventos ocorridos durante a pandemia e foi solicitado reforço na segurança.